Um elemento até agora desconhecido pode levar a investigação do caso do terrorista bolsonarista que tentou explodir o STF na semana passada, e que acabou morrendo, a um desfecho diferente daquele imaginado até aqui.
A ex-mulher de Tiü França, como era conhecido o chaveiro Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, identificada como Daiane Dias, de 41, que colocou fogo no imóvel onde o casal morou, na manhã de sábado (17), em Rio de Sul (SC), foi filmada por uma testemunha, aos gritos, já que ficou gravemente ferida no incêndio, afirmando que "queria estar com ele em Brasília no momento do atentado", pois os dois teriam "planejado o ato de terrorismo juntos".
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A gravação já foi apresentada pela testemunha à Polícia Civil de Santa Catarina, durante o depoimento da testemunha, e posteriormente enviada à Polícia Federal. A mulher é vizinha de Daiane e ajudou a socorrê-la enquanto as chamas consumiam o chalé.
"Ela berrava muito pelo marido dela, que ele não podia ter ido sozinho, que o plano era dos dois", relatou a vizinha, conforme reporta o site da emissora CNN Brasil.
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A antiga companheira de Tiü França foi socorrida num pronto socorro da cidade com graves queimaduras de 1°, 2° e 3° graus por todo corpo, tendo sido transferida para um hospital da região no mesmo dia, onde permanece internada sem previsão de alta. A direção da unidade não informa a situação de seu quadro de saúde.
Se de fato confirmada, as supostas palavras de Daiane mudam muito coisa nas investigações conduzidas até agora pela Polícia Civil do Distrito Federal e pela Polícia Federal, que até o momento acreditavam na versão de um "lobo solitário", aquele terrorista que age sozinho e por conta própria motivado por sua condição de radicalizado. Os bolsonaristas têm insistido que Tiü França agiu sozinho e que seria apenas um "maluco".