O terrorista bolsonarista conhecido como Tiü França, cujo nome de batismo era Francisco Wanderley Luiz, que morreu na última quarta-feira (13) num atentado a bomba frustrado na frente do Supremo Tribunal Federal, em Brasília, deixou um vasto material nas redes sociais mostrando sua profunda ligação com movimentos de extrema direita.
Entre as postagens, uma chamou a atenção de investigadores e internautas: uma mensagem nominalmente dirigida ao presidente eleito dos EUA, Donald Trump, tido como uma espécie de líder máximo mundial dessas falanges ultrarreacionárias que se espalharam por várias nações na última década.
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“Donald Trump, se você ama e respeita as crianças, acelera a operação Storm. Mande o FBI aqui para a Ilha de Marajó. No Brasil, não temos Justiça, nem Polícia Federal. O que temos é Gestapo, mas não serve para nada. Aliás, serve sim: prender velhinhas inocentes”, diz Tiü França.
Pelo texto é possível perceber a inequívoca ladainha estúpida e tosca característica dos incautos seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), com clichês e chavões totalmente fora da realidade sobre situações imaginárias e sem nenhum sentido. A menção à Ilha do Marajó, no Pará, é uma referência a uma teoria estapafúrdia e mentirosa, sobretudo propagada pela senadora bolsonarista Damares Alves (Republicanos-DF), de que existiria uma quadrilha que sequestra aos montes crianças na localidade amazônica para estuprá-las, uma fantasia já desmentida dezenas de vezes pelas autoridades.
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Quem também foi “agraciado” com as bobajadas do terrorista foram os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, respectivamente Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Só que para eles, o tom foi de ameaça aberta.
“Vou cantar uma música para vocês dormirem bem: senta aqui neste banco pertinho de mim, vamos conversar. Será que você tem coragem de olhar nos meus olhos e me encarar? Agora, chegou a sua hora, chegou a sua vez. Você vai pagar”, escreveu o extremista que morreria numa explosão horas depois.