O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se encontrou com a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, neste domingo (17), durante uma série de encontros diplomáticos para o G20, e discutiu sobre a questão da Enel, concessionária responsável pela distribuição de energia em São Paulo.
Na reunião, Lula e Giorgia Meloni falaram sobre a necessidade de avanços na melhoria do serviço prestado pela empresa, em especial em São Paulo, que enfrentou uma série de apagões após fortes chuvas no estado.
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Atualmente, o governo italiano detém 23,6% das ações da Enel, que foi privatizada nos anos 1990.
Lula e Meloni se reuniram no Rio de Janeiro às véspera da Cúpula de Líderes do G20, que começa nesta segunda-feira (18). Além da situação da Enel, as autoridades também falaram sobre as prioridades da presidência brasileira no G20, e Meloni lembrou que as empresas italianas têm planos de investir no Brasil 40 bilhões de euros. O presidente também convidou a primeira-ministra para fazer uma nova visita ao Brasil após o G20.
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O encontro de lideranças faz parte da agenda diplomática de Lula neste domingo (18), que deve se reunir com onze autoridades mundiais até o final do dia.
Os ministros das Relações Exteriores, Mauro Vieira, da Fazenda, Fernando Haddad, da Casa Civil, Rui Costa, da Agricultura, Carlos Fávaro, e de Minas e Energia, Alexandre Silveira e o assessor especial, Celso Amorim, também participaram do encontro com a primeira-ministra.
Atuação da Enel em São Paulo
Estudos internacionais sobre interrupções no fornecimento de energia revelam uma disparidade significativa entre a cidade de São Paulo e municípios italianos atendidos pela Enel. Enquanto clientes de cidades italianas como Nápoles, Turim e Florença, sob a responsabilidade da E-Distribuzione, subsidiária da Enel para distribuição de energia, experimentam uma média de apenas uma hora de interrupção anual, os paulistanos enfrentam um período consideravelmente mais longo, totalizando seis horas e 47 minutos.
Essa diferença representa um aumento de cerca de cinco vezes na duração das interrupções. A disparidade na duração dos apagões não se restringe a São Paulo. Em Santiago, capital do Chile, onde a Enel também opera, os clientes enfrentam quase três horas de interrupção anual devido a problemas na rede. Quando questionada sobre essas diferenças, a empresa atribuiu as variações às características específicas das redes de distribuição em cada cidade, reafirmando seu “compromisso” com todos os consumidores.
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