Na cerimônia de encerramento do G20 Social neste sábado (16) no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um discurso em que criticou o neoliberalismo, afirmou que há uma dissonância entre a voz dos mercados e a voz das ruas e ressaltou a importância da iniciativa brasileira em integrar os movimentos sociais aos debates do G20.
"O neoliberalismo agravou a desigualdade econômica e política que hoje assola as democracias. O G20 precisa discutir uma série de medidas para reduzir o custo de vida e promover jornadas de trabalho mais equilibradas", declarou o presidente.
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A fala de Lula acontece em meio à grande repercussão do debate pelo fim da escala 6x1, mesmo que o presidente não tenha citado o movimento em seu discurso.
Lula ainda acrescentou que o G20 precisa preservar o espaço público, "para que o extremismo não gere retrocessos nem ameace direitos". "Precisa se comprometer com a paz, para que rivalidades geopolíticas e conflitos não nos desviem do caminho do desenvolvimento sustentável", completou.
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Por fim, o presidente declarou que a cerimônia de encerramento do G20 Social marca "o começo de uma nova etapa, que exigirá um trabalho contínuo durante os 365 dias do ano e não só às vésperas das reuniões de líderes".
"Também conto com a força de vontade e o dinamismo da sociedade civil para dois outros eventos que o Brasil sediará no próximo ano: a Cúpula do BRICS e a COP 30. Nós vamos seguir construindo, juntos, um mundo justo e um planeta sustentável", disse.
O G20 Social começou na última quinta-feira (14) e terminou neste sábado (16), assim como os outros eventos paralelos à Cúpula dos Líderes: o CRIA G20 e o U20. Uma iniciativa brasileira inédita, o G20 Social permitiu a participação ativa da sociedade civil e de movimentos sociais dentro do debate que reúne as 19 maiores economias globais, além da União Europeia e a União Africana.
Já nesta segunda-feira (18), começa oficialmente o G20, com o encontro de líderes, que vai até a terça-feira (19). Entre os principais temas a serem debatidos estão a reforma da governança global, o combate à fome, transição energética justa e financiamento climático.
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