O ex-candidato à Presidência da República Padre Kelmon (PTB) anunciou o lançamento de pré-candidatura à Prefeitura de São Paulo nas eleições municipais de 2024, nesta terça-feira (30). Kelmon ficou conhecido no pleito de 2022 por fazer dobradinhas com o então presidente Jair Bolsonaro (PL).
O autointitulado padre, cujo nome verdadeiro é Kelmon Luis da Silva Souza, informou que o vice na sua chapa eleitoral será o pastor evangélico Manoel Ferreira Junior, também do PTB. Outras informações acerca da candidatura não foram disponibilizadas.
Te podría interesar
Segundo o pré-candidato, de 47 anos, ele reside no estado de São Paulo há 22 anos. "São Paulo é a locomotiva do país [...] precisa de cuidado e carinho e deve servir de referência", declarou ao UOL.
Padre Kelmon não deve receber o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro, filiado ao PL, legenda que firmou aliança com o atual prefeito da cidade e pré-candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB).
Te podría interesar
Em suas redes sociais, Kelmon se descreve como um sacerdote ortodoxo, e defensor da vida, família e liberdade, além de colocar-se como presidente do Foro do Brasil, um movimento de caráter conservador lançado com a participação da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), em São José dos Campos (SP), nesta terça-feira.
Eleições de 2022
Nas eleições presidenciais de 2022, o padre acumulou pouco mais de 81 mil votos, correspondente ao percentual de 0,07% dos votos válidos, e suficiente para o 7º lugar na disputa. Esta foi a primeira eleição disputada pelo vigário, que também nunca exerceu cargos eletivos – titular escolhido direta ou indiretamente pelo eleitorado para funções político-constitucionais.
Nos debates do primeiro turno, sua candidatura repercutiu nas redes após uma declaração da então candidata, a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), que o chamou de "padre de festa junina". A fala viralizou nas redes sociais e foi material para memes durante o período eleitoral.
As dobradinhas com Bolsonaro incomodaram o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que chegou a dizer que o candidato estava "fantasiado" durante o debate e classificou Kelmon como "candidato laranja".