ELEIÇÕES 2022

Padre Kelmon tem uma antiga relação com o fascismo brasileiro

Personagem obscuro da extrema direita brasileira chamou atenção após participar do debate do SBT com os presidenciáveis

Padre Kelmon tem uma antiga relação com o fascismo brasileiro.Créditos: Reprodução/ redes sociais
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Aconteceu neste sábado (25) o debate do SBT/CNN com os candidatos à presidência da República e, entre os candidatos da direita e da extrema direita que se fizeram presente, um se destacou: o autointitulado Padre Kelmon, que assumiu a cabeça de chapa do PTB após Roberto Jefferson ter o seu nome impugnado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

Kelmon se apresenta como sacerdote da Igreja Católica Ortodoxa do Brasil, no entanto, a congregação ortodoxa não o reconhece como tal. O militante do fundamentalismo brasileiro afirma ter documentos que comprovam ser membro da Igreja Ortodoxa. Porém, esses documentos nunca foram apresentados. 

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Mas, como atraiu os holofotes para si ao fazer dobradinha com Bolsonaro (PL), outras esferas de sua vida vieram à tona, e uma delas chama atenção, mas não surpreende: Kelmon tem uma longa relação com o fascismo brasileiro. 

O historiador e professor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) Leandro Pereira Gonçalves revelou mais alguns detalhes da ligação do Padre Kelmon com o movimento integralista, que representa o fascismo no Brasil. 

Em um post no seu perfil no Twitter, Gonçalves revela uma foto onde Kelmon dá uma palestra no IV Congresso Nacional do movimento integralista, que ocorreu entre os dias 4 e 5 de fevereiro de 2012, em São Paulo. 

Além disso, o historiador também relembra o fato de que Kelmon esteve por detrás de alguns panfletos de cunho fundamentalista e mentirosos que foram fabricados na campanha de 2010 contra a então candidata à presidência da República Dilma Rousseff (PT). 

Os tais panfletos foram produzidos pela Associação Theotokos, presidida por Klemon e que possuía um site em nome da Casa de Plínio Salgado, o fundador e líder da Ação Integralista Brasileira, referência para os fascistas e extrema direita brasileiros na contemporaneidade. 

À época, foi articulada uma campanha contra Dilma Rousseff que girou em torno da questão do aborto e dos direitos civis LGBT, duas pautas que Padre Kelmon carrega como prioritárias em sua agenda fundamentalista e de extrema direita.