Aconteceu neste sábado (25) o debate do SBT/CNN com os candidatos à presidência da República e, entre os candidatos da direita e da extrema direita que se fizeram presente, um se destacou: o autointitulado Padre Kelmon, que assumiu a cabeça de chapa do PTB após Roberto Jefferson ter o seu nome impugnado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Kelmon se apresenta como sacerdote da Igreja Católica Ortodoxa do Brasil, no entanto, a congregação ortodoxa não o reconhece como tal. O militante do fundamentalismo brasileiro afirma ter documentos que comprovam ser membro da Igreja Ortodoxa. Porém, esses documentos nunca foram apresentados.
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Mas, como atraiu os holofotes para si ao fazer dobradinha com Bolsonaro (PL), outras esferas de sua vida vieram à tona, e uma delas chama atenção, mas não surpreende: Kelmon tem uma longa relação com o fascismo brasileiro.
O historiador e professor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) Leandro Pereira Gonçalves revelou mais alguns detalhes da ligação do Padre Kelmon com o movimento integralista, que representa o fascismo no Brasil.
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Em um post no seu perfil no Twitter, Gonçalves revela uma foto onde Kelmon dá uma palestra no IV Congresso Nacional do movimento integralista, que ocorreu entre os dias 4 e 5 de fevereiro de 2012, em São Paulo.
Além disso, o historiador também relembra o fato de que Kelmon esteve por detrás de alguns panfletos de cunho fundamentalista e mentirosos que foram fabricados na campanha de 2010 contra a então candidata à presidência da República Dilma Rousseff (PT).
Os tais panfletos foram produzidos pela Associação Theotokos, presidida por Klemon e que possuía um site em nome da Casa de Plínio Salgado, o fundador e líder da Ação Integralista Brasileira, referência para os fascistas e extrema direita brasileiros na contemporaneidade.
À época, foi articulada uma campanha contra Dilma Rousseff que girou em torno da questão do aborto e dos direitos civis LGBT, duas pautas que Padre Kelmon carrega como prioritárias em sua agenda fundamentalista e de extrema direita.