Em coletiva de apresentação dos resultados do ministério da Justiça e Segurança Pública nesta quarta-feira (31), o ministro Flávio Dino respondeu a pergunta de Cynara Menezes, da sucursal da Fórum em Brasília, sobre os dados de feminicídio no país.
A jornalista da Fórum questionou o ministro sobre o aumento de 235% de feminicídios registrado em 2023 no Distrito Federal, pauta importante para as mulheres brasileiras.
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"É uma ótima notícia a redução dos homicídios que vocês deram nessa coletiva. Porém, aqui no Distrito Federal houve um aumento de 250% no caso dos feminicídios. Durante o governo da presidenta Dilma houve um endurecimento das penas, mas a gente não vê prisão dessas pessoas. Existe alguma política do governo para tentar mudar isso?", questionou Cynara.
"Nós tivemos uma redução de feminicídios, na mesma estatística, vai estar no painel, que o Ministério da Justiça vai colocar no site daqui a pouco, da ordem de 2%", afirmou o ministro.
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"nós não tivemos aumento de feminicídios, falando nacionalmente. É uma redução muito tímida, mas mostra que é possível reduzir. E por isso que o presidente determinou, a senhora primeira dama acompanha, a parceria do Ministério da Justiça com o Ministério das Mulheres, para que houvesse o crescimento das Casas da Mulher Brasileira", completou o ministro.
Por fim, ele afirmou que o número ainda está distante das metas. "Os maiores perpetradores, os maiores feminicidas, estão no mesmo lar que as vítimas. Então é um tema de política pública que abrange a dimensão da sociedade, da cultura da paz e do desarmamentismo, porque isso, em larga medida, levou a essa explosão, por exemplo, em Brasília, que você tem inteira razão. Nós tivemos uma queda de homicídios, queda de feminicídios, queda de lesão corporal seguida de morte e queda também de roubo seguido de morte. Então é uma boa notícia, mas muito aquém daquilo que é preciso fazer", completou.
PF técnica
O ministro também comentou a operação Vigilância Aproximada e afirmou que a grande diferença de sua gestão é que a Polícia Federal é técnica e não age de maneira espetaculosa, citando uma busca e apreensão feita com Frederick Wassef, que foi abordado pela PF sem que uma foto da operação tenha sido feita.
Sobre a perseguição ao clã Bolsonaro, Dino foi enfático. "O que me parece é que indevidamente existem pessoas que querem imunidade de jurisdição. A PF não pode ser acusada porque ela não inventa investigação. As investigações nascem de indícios", completou.
Veja a coletiva completa de Dino na TV Fórum: