Em seu último dia como secretário-executivo do Ministério de Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli concedeu uma entrevista ao programa Fórum Onze e Meia desta terça-feira (30).
O número 2 da gestão Flávio Dino passou o bastão para a nova gestão, mas comentou as recentes operações contra o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro nas investigações do Abingate.
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Nesta segunda-feira (29), a casa de veraneio de Jair Bolsonaro, onde estavam Carlos, Flávio e Eduardo. Carlos é investigado por trocas de informações com Alexandre Ramagem, ex-diretor-geral da Abin, por monitorar adversários políticos.
Questionado sobre uma possível perseguição contra a família Bolsonaro, Cappelli foi enfático: "Quem persegue eles não é a Polícia Federal, quem persegue eles é o Estado Democrático de Direito. São os princípios consagrados na Constituição, que eles tentam rasgar, eles tentaram destruir a Constituição no dia 8 de janeiro e não conseguiram", afirmou.
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"O Brasil não é um espaço de vale-tudo, onde vale tudo, onde você se utiliza do aparelho do Estado para bisbilhotar, para investigar, isso é um absurdo. Isso não é questão de ser de direito ou de ser de esquerda, isso é uma questão de legalidade, de respeito à Constituição", completou.
Ele adiciona que o corpo da Polícia Federal tem agido de maneira técnica. "Eles se dizem perseguidos, não tem o menor cabimento, a Polícia Federal está fazendo o que sempre faz. Esse é o trabalho técnico, profissional, e eu tenho muita confiança que todo esse caso vai ser elucidado ao final das investigações", completa.
Cappelli fica no governo?
Além disso, o ex-secretário-executivo e ex-interventor do Distrito Federal e do GSI, Cappelli não confirmou se vai continuar no governo. Ele afirma que recebeu convites de diferentes entes públicos e privados, mas que ainda não decidiu o seu futuro profissional e político.
Confira a entrevista completa de Ricardo Cappelli ao Fórum Onze e Meia: