ELEIÇÕES 2024

Eduardo Paes convoca Cappelli para a prefeitura visando não só 2024, mas principalmente 2026

Estratégia política do prefeito do Rio Eduardo Paes ao convocar Ricardo Cappelli, com um olho na segurança pública e outro nas eleições de agora e de 2026

Créditos: Reprodução do X, ex-Twitter
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O ainda Secretário-Executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública Ricardo Cappelli parece não estar mesmo nos planos do novo ministro da pasta da Justiça, ex-ministro do STF Ricardo Lewandowski.

Cappelli saiu de férias com a família bem no período de transição do ministério do Dino para o futuro de Lewandowski, o que indica que não foi procurado ou recebeu qualquer sinalização da equipe do futuro ministro.

Mas, como em política não há espaço vazio, o ativo prefeito do Rio Eduardo Paes teria convidado Cappeli a fazer parte de seu governo, já que seu secretário da área de Segurança vai se desincompatibilizar para concorrer às eleições.

A convocação de Cappelli, se confirmada, vai ser uma grande aquisição para a equipe do prefeito, que, segundo todas as pesquisas, lidera com folga a disputa pela prefeitura do Rio e deve se reeleger. 

Cappelli deve ser usado na campanha atual, como mais um nome na equipe, mas, certamente, Eduardo Paes já está pensando lá na frente, na disputa pelo governo do estado em 2026, quando vai se candidatar para realizar o sonho de ser governador do Rio.

Cappelli, com ótima imagem junto aos cariocas por sua atuação e também por sua comunicação firme e eficaz, pode ser o chamariz para a campanha de Eduardo Paes ao governo em 2026 como um futuro Secretário de Segurança Pública, problema número um dos moradores do Rio e do estado.

Cappelli deu uma entrevista ao jornal O Dia, do estado do Rio, onde respondeu sobre os problemas do estado na área de Segurança.

 

Entrevista O dia

 

 

Secretário, se o senhor pudesse listar as prioridades absolutas da sua pasta para resolver os problemas de segurança pública do Rio de Janeiro, quais seriam?

Nós praticamente dobramos a capacidade de investigação da Polícia Federal (PF) no Rio de Janeiro, com mais homens, mais tecnologia, mais equipamentos. O líder de uma milícia importante não se entregou por acaso, ele foi cercado pela PF e só restou a ele se entregar. Estamos com um adicional de 550 homens da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Força Nacional no estado atuando nas rodovias federais. O roubo de cargas caiu bastante. Além disso, temos a GLO decretada pelo presidente Lula nos portos e aeroportos. Nestes locais, estão atuando juntos à PF, a Receita Federal, a Marinha e a Aeronáutica, com ótimos resultados. A chave para resolver a questão da segurança é integração, inteligência, planejamento e, claro, muito trabalho.

Qual a sua explicação para o fortalecimento do tráfico de drogas e das milícias no Rio de Janeiro?

O Rio vive há algum tempo uma sucessão de crises políticas que colocaram em xeque a autoridade do Estado. As forças de segurança se referenciam no exemplo de cima. Todo carioca assiste o crescimento das milícias e do tráfico. Eles cobram taxas de moradores e empresas. Sabotam o serviço público. Querem mandar no transporte público. Atuam como um verdadeiro estado paralelo. É preciso coragem para enfrentá-los. É uma situação que indigna a todos e não pode ser vista com naturalidade pelas autoridades.

O prefeito Eduardo Paes tem pedido ação do Governo Federal no enfrentamento das milícias depois que uma empreiteira foi chantageada a pagar propina senão uma obra municipal na Piedade não iria prosseguir.

É uma situação inaceitável. O prefeito da cidade que é o cartão postal do Brasil ter que pedir socorro pelas redes sociais. É preciso unir o Rio, sociedade civil e empresas para dar um basta nesta situação.

 

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