Em nota divulgada na noite desta segunda-feira (30), os advogados Paulo Amador da Cunha Bueno, Daniel Bettamio Tesser e Fábio Wajngarten, que atuam na defesa de Jair Bolsonaro (PL) reclamaram da ação da Polícia Federal (PF) contra o clã, "vasculhando-se a intimidade e a vida privada de cidadãos probos".
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O texto diz respeito ao cumprimento de mandados de busca e apreensão na casa do ex-presidente na praia de Mambucaba, uma vila histórica de Angra dos Reis (RJ).
A ação investiga a participação de Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) na organização criminosa que montou uma "Abin paralela" para monitorar ilegalmente desafetos do clã Bolsonaro.
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"A verdade é que a operação da Polícia Federal na data de hoje pode ser classificada como mais uma desastrosa e indevida fishing expedition, ou pescaria probatória, subvertendo a lógica das garantias constitucionais, vasculhando-se a intimidade e a vida privada de cidadãos probos, vilipendiando seus direitos fundamentais e extrapolando os limites legais", diz o texto.
"Fishing expedition" é uma expressão jurídica para classificar operações jurídicas e policiais sem foco definido, que tem o objetivo apenas de "pescar" supostas provas para incriminar os alvos da ação.
Na nota, os advogados ainda reafirmam que Bolsonaro teria saído com os filhos Carlos e Flávio Bolsonaro (PL-RJ) para pescar antes da chegada dos agentes da PF. Eles teriam retornado à casa "ao tomarem conhecimento da busca que se realizava na residência do ex-presidente".
"Cumpre aclarar que no momento da chegada dos agentes da Polícia Federal na residência, o ex-Presidente e seus filhos, o vereador Carlos Bolsonaro e o senador Flávio Bolsonaro, não estavam no imóvel, pois haviam saído cedo para pescar em local próximo. Ao tomarem conhecimento da busca que se realizava na residência do ex-Presidente, todos retornaram imediatamente para acompanhar e atender plenamente ao mandado judicial, prestando os esclarecimentos necessários e colaborando com os agentes policiais", diz o texto.
Os advogados ainda afirmam "que nenhum computador da ABIN foi aprendido em poder de nenhum membro da família Bolsonaro", rebatendo informação divulgada pela GloboNews de que um notebook da agência foi encontrado com Carlos Bolsonaro.
O texto, que critica a cobertura de "parte da mídia que se diz tão zelosa com os fatos", busca ainda colocar o clã Bolsonaro como vítima do "uso excessivo do poder estatal, postura que deve cessar imediatamente, sob pena de configurar verdadeiro
atentado à democracia".
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