CARLUXO

‘Abin paralela’ e mais 3: Relembre investigações da PF que recaem sobre Carlos Bolsonaro

Nas presentes operações foram apreendidos 3 notebooks, 11 computadores e 4 celulares nos endereços do filho do ex-presidente inelegível

Carlos Bolsonaro.Créditos: Reprodução /Redes Sociais
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Nesta segunda-feira (29) o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) foi alvo de operações de busca e apreensão da Polícia Federal que recolheram 3 notebooks, 11 computadores e 4 celulares em endereços ligados a ele, o filho ‘02’ de Jair Bolsonaro (PL). De acordo com a investigação, Carluxo seria integrante do chamado “núcleo político” da organização criminosa instalada na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para praticar espionagem ilegal de cidadãos brasileiros.

Em decisão do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo Tribunal Federal, foi revelado que Carlos Bolsonaro pedia através de seus assessores informações de espionagem sensíveis aos seus interesses políticos ao ex-diretor-geral da Abin, Alexandre Ramagem, indicado ao cargo por Jair. A suspeita é de que os dados ficassem armazenados em computadores sem acesso à internet. Por isso a autorização das buscas e apreensões.

Mas essa não é a única investigação enfrentada por Carluxo, que teve um papel central na vitoriosa campanha presidencial de 2018, que elegeu seu pai, ao assumir as redes sociais do ex-presidente. Ele voltou a fazer o mesmo trabalho 4 anos depois, mas sem a mesma sorte.

Carlos Bolsonaro começou sua trajetória política no ano 2000 aos 17 anos concorrendo contra a própria mãe, Rogéria Bolsonaro, a pedido do pai Jair. À época os pais estavam se separando e a eleição de Carlos no lugar de Rogéria, mantinha a cadeira sob a batuta do clã. Ali começou seu primeiro mandato. Já são seis seguidos.

Atualmente ele é investigado, além do caso da chamada “Abin paralela de Bolsonaro”, em outras três investigações relativas às atividades do clã: rachadinhas, fake news e milícias digitais.

Fake News e Milícias digitais

Foi por conta da sua atuação na administração das redes do pai que Carlos Bolsonaro entrou nos inquéritos das fake news e das milícias digitais, ambos sob supervisão do Supremo Tribunal Federal e relatoria de Alexandre de Moraes.

Ele é acusado de ser o articulador do chamado “Gabinete do Ódio”. A organização criminosa em questão teria sido instalada no próprio Palácio do Planalto durante o governo Bolsonaro para atuar na produção de notícias falsas, as famigeradas fake news, e sua posterior difusão.

Rachadinhas

Saindo de Brasília e pegando um voo direto para o Galeão, Carluxo também é investigado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, acusado da prática de “rachadinha” em seu gabinete na Câmara Municipal. De acordo com os promotores, ele recebeu R$ 91 mil em depósitos sem origem e a principal suspeita é de que se trate da “devolução de salários” dos funcionários.

A “rachadinha”, prática da qual seu irmão mais velho Flávio Bolsonaro também é acusado e teria utilizado de informações privilegiadas da ‘Abin paralela’ nesse âmbito, consiste na contratação de funcionários para os gabinetes com uma uma espécie de “adendo no contrato”: o de que devem devolver, de forma fria, parte dos rendimentos.

Se com Carluxo foram encontrados apenas R$ 91 mil, com seu chefe de gabinete, Jorge Luiz Fernandes, a investigação encontrou mais de R$ 2 milhões provenientes de 6 servidores do gabinete. Fernandes foi um dos alvos das operações de hoje.