QUEM MANDOU MATAR MARIELLE?

VÍDEO: Carlos Bolsonaro se pronuncia sobre discussão e "maldade" com Marielle

Em live com o pai, Jair, e os irmãos, Flávio e Eduardo, Carlos ainda usou uma desculpa estapafúrdia para tentar afastar quaisquer envolvimentos do clã com o assassinato da vereadora.

Carlos Bolsonaro na live com o pai, Jair, e os irmãos, Flávio e Eduardo.Créditos: Reprodução/Youtube
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Na "superlive" deste domingo (28), ao lado do pai, Jair, e dos irmãos, Eduardo e Flávio, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) se pronunciou sobre uma discussão na Câmara do Rio em 3 de maio de 2017 com um assessor de Marielle Franco e falou sobre a relação do clã com a "maldade" com a vereadora, assassinada em março de 2018.

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O filho "02" de Bolsonaro falou que a relação dele com a vereadora sempre "foi de forma muito amistosa" e culpou a "imprensa" por divulgar "de uma maneira extremamente suja a minha relação com ela".

Em seguida, Carlos lamentou que as câmeras não tenham captado o momento da discussão dele com o assessor de Marielle. O vereador chegou a depor sobre o fato em 2019, após Fernanda Chaves, a assessora que acompanhava Marielle Franco na noite do assassinato e sobreviveu contrar sobre a discussão.

"Alegaram em um determinado momento que eu tive uma discussão com ela no corredor. E, por um acaso, não foi com ela que foi a discussão. Foi com um assessor dela que estava estava dando uma entrevista, quando eu passei ele me cutucou me chamando de fascista. Ela saiu do gabinete dela, viu que estava havendo uma discussão porque eu não fiquei satisfeito com aquela qualificação, é óbvio. E quis ficar a par do que estava acontecendo. É lógico que os ânimos ali esquentaram. Mas, ela foi inclusive uma das pessoas que apartaram a discussão", disse Carlos.

Carlos ainda usou uma desculpa estapafúrdia para tentar afastar quaisquer envolvimentos do clã com o assassinato da vereadora.

"A ex-esposa dela ocupa o gabinete que é do lado da porta do meu gabinete. Então, por lógica, por bom senso... Alguém de bom senso acredita realmente que se um de nós, nossa família, tivesse feito alguma maldade com a Marielle, aceitaria a colocação do gabinete do lado do meu?", indagou. "Obviamente que não", respondeu.

Ronnie Lessa

Na live, Jair Bolsonaro choramingou por, segundo ele, ter apanhado por cinco anos "como possível mandante da morte de Marielle" e citou o fato de que Ronnie Lessa, acusado de ser o executor, morar no mesmo condomínio que ele, o Vivendas da Barra, no Rio de Janeiro.

Um possível executor morava no meu condomínio, que tem 150 casas, e daí então o mundo começou a cair em minha cabeça. No dia 30 de outubro de 2019 o Jornal Nacional contou toda a história do porteiro, que segundo relato dele, ele, naquele dia [do crime], havia ligado para minha casa, eu teria atendido e autorizei um colega desse cidadão a entrar e depois houve então a execução da Marielle. Depois o porteiro voltou atrás, mas isso me marcou ao longo de muito tempo", reclamou

"O mais quero é que o fato seja elucidado. Eu nunca tive contato com a Marielle. O meu filho Carlos [Bolsonaro, vereador no Rio] tinha o gabinete dele no mesmo andar da Marielle, nunca tiveram problema", acrescentou.

Agitação da militância

Na live, Bolsonaro voltou a atacar o Tribunal Superior Eleitoral e repetiu teorias da conspiração que embalam os delírios da extrema direita. O principal objetivo da transmissão foi manter sua militância em agitação, sobretudo nas redes, uma vez que nada de minimamente relevante foi dito e a próxima semana promete mais uma rodada de operações da Polícia Federal contra seus aliados.

Bolsonaro citou uma campanha do TSE para que adolescentes de 16 e 17 anos fizessem seus títulos eleitorais e votassem em 2022. Ele se mostrou muito magoado por não ter a preferência dos jovens.

“Deixo claro, o nosso querido TSE fez uma campanha para que os menores, de 16 ou 17 anos tirassem o título de eleitor, e foram cerca de 4 milhões de jovens. E também, por volta de 80% desses jovens votam na esquerda,no PT (…) Ajudou e muito nas eleições de 2022”, chorou o inelegível, antes de colocar a culpa na Mynd, empresa publicitária citada recentemente no “Caso Choquei”.