GOIÁS

VÍDEO: Vereador imita macaco ao debater com colega negro e é indiciado por racismo

Lincoln Albuquerque negou que o ato foi racista e o que houve foi um “mal-entendido baseado em uma comunicação inadequada”. O vereador alegou ainda que é “pardo, filho de pai negro”.

Escrito en POLÍTICA el
Instagram

Lincon Albuquerque (Cidadania), vereador da cidade Planaltina, em Goiás, foi indicado pela Polícia Civil de Goiás por injúria racial. Em debate com o colega Carlim Imperador (PROS), que é negro, em novembro do ano passado, Albuquerque fez sons de de macaco durante a sessão da Câmara Municipal.

O indiciamento foi feito pelo delegado José Antonio Sena, que enviou a investigação ao Ministério Público de Goiás. Caso seja condenado, o vereador, que nega o crime, pode pegar até cinco anos de cadeia.

No relatório, o delegado afirma que o vereador “gesticula com as mãos próximas ao ouvido, fazendo sinais de abrir e fechar os dedos, o presidente se manifesta pedindo para que os dois se acalmem e, logo após, Lincon profere guinchos com a boca, reproduzindo sons que imitam um macaco”.

Albuquerque disse ao Metrópoles que já esperava o indiciamento. 

“No meu entendimento, tenho que fazer minha defesa. O delegado agiu corretamente, esse é um tema que precisa ser tratado com muito carinho”, afirmou.

Loteria

A discussão se deu quando os parlamentares discutiam um projeto para criação de uma loteria em Planaltina. Albuquerque teria se irritado com a fala extensa do colega e iniciou um bate-boca, que terminou com os sons de macaco.

Carlim disse que se sentiu "bastante hostilizado", enquanto o colega negou que o ato foi racista e que houve um “mal-entendido baseado em uma comunicação inadequada”. 

Albuquerque ainda afirmou que a intenção era se expressar “a respeito do barulho e da confusão” e disse que é “pardo, filho de pai negro”.