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Em três dias, BBB 24 tem racismo, capacitismo e machismo

Confira as principais polêmicas que já aconteceram na nova edição do reality

Os participantes Yasmin Brunet, Maycon e Leidy Elin.Créditos: Reprodução de vídeo
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O BBB 24 estreou faz apenas dois dias, na segunda-feira (8), mas, entrando em seu terceiro dia, o programa já acumula polêmicas. Não é à toa. Desde a estreia, a casa mais vigiada do Brasil já teve prova do líder de resistência e formação de paredão, que, claro, gerou confusão na casa.

Entre o que mais repercutiu na web estão acusações de capacitismo, tanto para a produção do programa, quanto para um participante, Maycon, o merendeiro, que já tem acumulado uma série de haters entre os telespectadores por seus comentários incessantes, alguns considerados machistas, além de ter se envolvido em uma briga com Yasmin Brunet.

Houve, também, uma fala racista direcionada a uma participante negra. Confira abaixo as principais polêmicas dos primeiros três dias do BBB 24.

Capacitismo na prova do líder

Durante a prova do líder, iniciada no programa de segunda e que perdurou pela madrugada até a tarde da terça-feira (9), o participante Vinicius, medalhista paralímpico de 29 anos, teve que remover sua prótese na perna esquerda para completar um circuito de obstáculos.

A falta de acessibilidade no jogo chamou a atenção dos internautas, que acusaram a produção do programa de capacitismo, e dos outros participantes, além de ter afetado o rendimento do brother.

Por volta das 03h12, Vinicius afirmou: "Para mim é difícil por causa da minha prótese". Às 04h, quando teve que participar novamente do circuito de obstáculos, ele reiterou: "Minha perna não pode molhar" – uma das etapas da prova consistia em deslizar por uma trincheira coberta de gosma verde.

Sete minutos após o comentário do brother, a produção do programa finalmente informou que o competidor poderia trocar a prótese por uma resistente à água. Às 04h19, ele fez a troca da prótese e precisou pedir desculpas aos demais competidores.

Na terça, o apresentador Tadeu Schmidt conversou com Vinicius sobre o ocorrido. Um trecho do bate-papo foi exibido no programa ao vivo e mostra o brother no confessionário, respondendo às perguntas do apresentador.

O jornalista começou a conversa indagando se o participante estava se sentindo bem após completar a primeira prova desafiadora da temporada. "Entrei aqui me sentindo brabo, mas percebi que sou apenas um bravinho. Há muita gente aqui realmente determinada", respondeu ele.

Tadeu, então, fez um mea culpa ao reconhecer que o reality errou com Vinicius. "Estamos aqui para aprender juntos", disse. Ele ainda explicou que o participante trouxe três próteses para usar durante o confinamento.

“Cotinho”

Além de ter que lidar com uma prova do líder sem acessibilidade, Vinicius teve que aguentar, durante a realização da prova, comentários capacitistas vindos de outro participante, Maycon, o merendeiro de 35 anos morador de Balneário Camboriú (SC).

Internautas comentaram a “falta de fair play” de Maycon ao escolher Vinicius logo de cara para realizar o desafio proposto na prova do líder.

Durante a madrugada, o merendeiro seguiu fazendo comentários sobre a prótese do atleta. Em um momento, ele pede para colocar um nome na perna de Vinicius, deixando o brother visivelmente desconfortável. “Vamos botar um nome no 'cotinho'. A gente pode botar um apelido no 'cotinho'? Te batizar?”, disse.

Machismo

Outro momento envolvendo Maycon que chamou a atenção dos internautas negativamente e fez o brother ser acusado de machismo, foi quando ele, junto com outro participante, Lucas Luigi, tentou justificar seu voto em Yasmin Brunet no paredão dizendo que tem “medo” de olhar para ela por conta de sua esposa.

Durante uma conversa com Wanessa Camargo, Maycon contou um diálogo que teve com Yasmin. “Eu fico com receio porque a minha mulher te acha uma parada desenhável, eu falei pra ela. É muito ruim de eu te olhar, de eu falar contigo, de eu te abraçar, de eu estar perto, de eu ficar te encostando”, disse.

Ele ainda comenta sobre as “roupas transparentes” de Yasmin, que fazem parte de um mundo totalmente diferente do dele e de Luigi, segundo o brother. É aí que o parceiro de confinamento complementa: “Quando ela passou com o vestido transparente eu falei ‘não posso olhar’”.

Luigi disse ainda que “para o olho do homem, chama atenção”. Wanessa, então, argumenta que as mulheres também prestam atenção nos homens. Luigi rebate: “A diferença é que ele [Maycon] é um peito, você [Yasmin] é ‘o’ peito”.

Os brothers continuam dizendo que não querem ser pegos pelas câmeras olhando para Yasmim fora de contexto, pois isso “pode dar problemas com suas esposas”. Wanessa finaliza afirmando que isso não é justificativa para Yasmim deixar de ser como é.

Pouco antes da conversa, durante a formação do paredão, Maycon e Luigi votaram em Yasmin, com a justificativa de que a sister não se aproximou deles. O merendeiro foi, então, tentar limpar sua barra com a modelo após o programa e disse que, fora do confinamento, gostaria de fazer um cozido para ela.

Yasmin não recebeu o desejo do brother com bons olhos. "Eu quero que o Maycon saia. Eu quero falar e foda-se [...] e depois vem me pedir para eu ajudar ele quando sair daqui, vai tomar no c*. Estou puta! Me bota no primeiro paredão e ainda fala, 'quando eu sair vou cozinhar pra você', enfia no teu c*, caralho", desaprovou a filha de Luiza Brunet.

Racismo

Lucas Luigi protagonizou outra polêmica. Na terça-feira (9), segundo dia de confinamento, o participante chamou sua colega de casa, Leidy Elin, de "macaca". A cena foi registrada pelas câmeras e rapidamente viralizou.

"Fica no sol direto, né, macaca?", disparou Luigi enquanto Leidy escovava os dentes. A sister, prontamente, respondeu: "Não me chama de macaca, não, nego".

Depois, os dois conversaram sobre a situação. 

É uma palavra muito forte, muito usada lá fora para agredir a gente verbalmente, a gente que é preto. O tempo inteiro querendo diminuir a gente. Então você presta muita atenção, não só comigo”, disse Leidy. 

Luigi, por sua vez, pediu desculpas e afirmou que não era para ter utilizado o termo.  “Estava acostumado, realmente, no meio dos moleques é isso. Foi no automático, por isso te pedi desculpas. Não era para ter falado”.

 

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