Em um ato de zombaria, o general Augusto Heleno, ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), reafirmou uma fala dita a golpistas no dia 18 de dezembro, quando foi indagado se "o bandido sobe a rampa", em alusão à posse de Lula, ocorrida no dia 1º de janeiro. Ele havia acabado de deixar o Palácio da Alvorada, onde se encontrara com Jair Bolsonaro (PL).
Na ocasião, Heleno disse prontamente que "não". No depoimento à CPMI dos Atos Golpistas nesta terça-feira (26), o militar, braço-direito do ex-presidente, reafirmou a declaração ao ser indagado pela relatora, Eliziane Gama (PSD-MA), o que quis dizer com a resposta aos golpistas.
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"Eu até hoje continuo achando que bandido não sobe a rampa", respondeu, sendo aplaudido por aliados de Bolsonaro que fazem parte da comissão.
A resposta de Heleno vai ao encontro do que foi repassado ao jornalista Henrique Rodrigues, da Fórum, pelo agente da Polícia Federal lotado na Presidência que, em condição de anonimato, relatou em detalhes uma reunião ocorrida no Anexo I do do Palácio do Planalto, de onde despacha o chefe de Estado, na manhã de quinta-feira (15).
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"O falatório do pessoal, não dos militares, aqui na saída, é sobre uma suposta mensagem cifrada aí, de que vão impedir o Lula de tomar posse e essas coisas, porque dizem os servidores que estão também nos grupos do Ministério da Defesa que estão orquestrando um monte de coisas, mandando mensagens e pedidos pros generais, pra impedir a posse", narrou o servidor da PF.