Em fúria, o ex-Secretário de Comunicação da Presidência (Secom) Fabio Wajngarten, que atua como advogado de Jair Bolsonaro (PL), partiu para cima do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), que busca ocupar o espaço deixado pelo ex-presidente na extrema-direita fascista.
“No ano que vem, eleição municipal, temos de eleger bons vereadores e bons prefeitos aqui em Minas e em todo Brasil e a direita precisa trabalhar unida, nós temos de estar juntos", discursou Zema na CPAC, conferência conservadora que foi importada dos EUA por Eduardo Bolsonaro (PL) e que aconteceu em Belo Horizonte neste sábado (23).
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O governador mineiro, no entanto, passou vergonha e teve o discurso interrompida por uma negacionaista antivax bolsonarista que afirmou ter sido demitida da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), estatal que gerencia o fornecimento de água no Estado.
"Fui mandada embora porque eu não quis tomar vacina", gritou a mulher.
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Nas redes, Wajngarten fez uma série de publicações atacando o discurso do governador mineiro, sem citá-lo nominalmente.
"Muito bacana esse papo de unir a direita, mas quando se olha a realidade, quem o propaga não mexe uma palha pela tal 'direita'", escreveu, ressaltando que Zema "finge de morto", se comportando como "típico gafanhoto".
"O único líder que trabalhou para impulsionar a direita e formar nomes se chama Jair Bolsonaro", emendou.
Wajngarten voltou a tona minutos depois, usando a estratégia de vitimizar Bolsonaro e atacando os "aliados" que nem ao menos ligaram para oferecer "solidariedade".
"O Pr @jairbolsonaro vem sendo perseguido desde janeiro 23. Não tem nenhuma ligação no meu celular, que está à disposição 24/7 ligado, de ninguém pregando a união, nem oferecendo solidariedade, nem sugestão, nem nada", afirmou. "É tudo jogo de oportunismo político", emendou.
Demonstrando todo seu ódio por Zema, o ex-Secom ainda falou de "nojinho oportuno, conveniente" e que "união relativa não vai rolar mais".
Eduardo Bolsonaro
A situação não está nada fácil para a extrema-direita fascista no Brasil. Buscando requentar antigas fake news e com atos esvaziados, a trupe comandada por Jair Bolsonaro (PL) sofreu mais um revés neste sábado (23) durante a terceira edição da CPAC Brasil, uma cópia do evento ultraconservador que apoia Donald Trump nos EUA.
Com palestrantes cada dia mais restritos ao do que resta de aduladores do clã Bolsonaro, o evento liberou entrada gratuita no último dia 16 - pouco mais de uma semana antes da realização - em razão das poucas vendas de ingressos.
"Temos o prazer de anunciar que o CPAC Brasil 2023 será gratuito! Lembrando que todos que já compraram o ingresso estão com a vaga garantida no evento", anunciou a ONG fascista, que teve o evento bancado com recursos públicos pelo PL, partido de Jair Bolsonaro.
Para tentar atrair mais público, o evento foi anunciado como transmissão aberta nas redes sociais.
No entanto, quando Eduardo Bolsonaro (PL-SP) divulgou a "palestra" de Nikolas Ferreira (PL-MG), o Youtube removeu a live por violação da política da rede.
"No YouTube, não permitimos spam, golpes ou outras práticas enganosas que prejudiquem a comunidade da plataforma", explica o Youtube no link da mensagem de remoção do vídeo. Quase sempre, as lives são derrubadas por propagação de mentiras ou discurso de ódio.