Há décadas erguendo a bandeira da Renda Básica da Cidadania, aos 82 anos, Eduardo Suplicy (PT-SP) agora virou ativista de uma outra causa urgente e que tem implicações diretas em sua saúde: a liberação do plantio da Cannabis.
Diagnosticado com Parkinson no final do ano passado, o atual deputado estadual e figura histórica do PT revelou que estava com a doença recentemente aos filhos, quando resolveu divulgar o tratamento com a maconha medicinal.
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"Eu estava com certos tremores nas mãos, especificamente na hora de comer, de segurar os talheres, de tomar uma sopa. Tremia um pouco. Tinha também dores musculares na perna esquerda", disse à Mônica Bergamo, na edição da Folha de S.Paulo desta terça-feira (19).
A doença foi detectada pela neurologista Luana Oliveira, do núcleo de Cannabis Medicinal do hospital Sírio-Libanês, que propôs o tratamento.
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Tomando cinco gotas do óleo da cannabis, que importou, três vezes ao dia, Suplicy vai relatar as melhoras com o tratamento durante audiência pública na Comissão Legislativa da Cãmara dos Deputados nesta terça-feira (19). A partir de uma sugestão de Talíria Petrone (PSol-RJ), o colegiado vai debater a regulamentação do uso da cannabis para fins medicinais.
"Tudo melhorou bastante [após tratamento com a Cannabis medicinal]. A dor na perna sumiu. O tremor, na hora de comer, melhorou", antecipou ao jornal.
No fim de semana, Suplicy participou da ExpoCannabis, uma feira que reuniu empresas do setor canábico em São Paulo. Em vídeos e publicações nas redes sociais, o deputado estadual agora pressiona o presidente da Câmara, Arthur Lira, para pautar o PL 399/2015, que libera o plantio da maconha em território brasileiro.
"É muito importante a mobilização da sociedade para a regulamentação do uso da cannabis medicinal no Brasil. Vamos pressionar o presidente da Câmara dos Deputados @oficialarthurlira para que dê continuidade na votação do projeto", escreveu no Instagram.