Em depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas, nesta terça-feira (12), a policial militar do Distrito Federal Marcela da Silva Morais Pinno revelou que quase foi morta pelos bolsonaristas que invadiram os prédios dos Três Poderes no dia 8 de janeiro.
“No dia, o que chamou muito a minha atenção, de fato, foi a violência imposta contra os policiais. Era nítida a intenção, principalmente em relação a nós, a tropa que estava ali, que era a linha de frente do momento. Eles estavam dispostos a tudo, inclusive a atentar contra as nossas vidas, como inclusive foi feito”, disse Marcela.
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Em seguida, o deputado Duarte Jr. (PSB-MA) perguntou se a militar pôde perceber a presença de crianças, recém-nascidos e idosos no dia 8 de janeiro. "Não. Inicialmente, quem estava na linha de frente dos manifestantes... não havia crianças. Eles não eram manifestantes, eram vândalos, pelo nível de violência e por tudo o que ocorreu”, disse.
Posteriormente, a cabo revelou que, se não estivesse com seu capacete, teria sido morta. "Quando eu estava no chão sendo agredida com uma barra de ferro, chutes e socos, eles tentavam retirar minha arma. Então, com um braço eu fazia a defesa do meu rosto e com o outro braço eu fazia a retenção da minha arma”, contou.
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A cabo também contou que uma colega de trabalho levou uma pedrada dos bolsonaristas. "Ela levou uma pedrada e conseguiu permanecer na retenção até o final.
Posteriormente, a cabo Marcela afirmou que nunca tinha visto uma manifestação tão violenta. "Dessa maneira eu nunca tinha visto. Eu tenho experiência com atuação em reintegração de posse, que também costuma ser violenta, mas naquela proporção, jamais... a violência. Eles se valeram de materiais que estavam à disposição deles. Arrancaram estacas de bandeiras para nos atacar, os gradis de ferro foram arrancados e eles lançaram contra a Tropa de Choque. A pedra portuguesa da Praça dos Três Poderes eles também utilizaram, além dos coquetéis molotovs”, declarou a cabo Marcela Pinno.