G. DIAS

VÍDEO: Piada entre carecas marca descontração entre Esperidião Amin e G. Dias na CPMI

Depoimento de G. Dias era um dos mais aguardados pela oposição, que tenta emplacar a imponderável narrativa de omissão do governo de Lula frente aos ataques

Espiridião Amin e G. Dias.Créditos: Pedro França/Agência Senado/Reprodução de Vídeo/Montagem
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Nem tudo foi tenso durante o depoimento do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Gonçalves Dias, nesta quinta-feira (31), na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Atos Golpistas.

Em certo momento, G. Dias brincou com o senador Espiridião Amin (Progressistas) sobre compartilharem os dois de uma lustrosa careca:

“Senador, a semelhança as vezes não é mera coincidência, né?”, disse o militar.

Amin respondeu diante de uma gargalhada geral: “Só pra descontrair, o nosso ex-comunista aqui, queria saber qual a relação do senhor com a autoridade militar do penteado.”

"A sua e a do Brunini alí, é uma relação intermitente, a minha é definitiva", completou o senador.

Veja o vídeo abaixo:

Um dos mais aguardados

O depoimento de G. Dias estava entre um dos mais esperados pela oposição. Os parlamentares alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tentam emplacar a imponderável narrativa de omissão do governo petista frente aos ataques às sedes dos Três Poderes.

G.Dias se tornou peça central para a oposição porque vídeos de câmeras de segurança do Palácio do Planalto registraram o então ministro interagindo com os vândalos no dia da depredação. O requerimento para a oitiva dele foi aprovado no colegiado em junho.

O pedido foi, a princípio, rejeitado na comissão, mas os senadores Sergio Moro (União-PR), Izalci Lucas (PSDB-DF) e Magno Malta (PL-ES), e os deputados Delegado Ramagem (PL-RJ), Rafael Brito (MDB-AL), Marco Feliciano (PL-SP) e Nikolas Ferreira (PL-MG) voltaram a apresentar a solicitação.

O militar também foi questionado a respeito do pedido encaminhado ao ex-diretor da Abin Saulo Moura Cunha para que seu nome fosse retirado da lista de alertas da inteligência.

André Callegari, advogado de G.Dias, recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) com um pedido de habeas corpus para que o ex-ministro seja ouvido como investigado, e não testemunha, como a CPMI o classifica. Assim, ele teria o direito de permanecer em silêncio em perguntas que possam incriminá-lo. A solicitação foi atendida pelo ministro Cristiano Zanin. "Mas vamos responder dentro dos limites dos fatos relativos ao dia 8 (de janeiro)", frisou o defensor.