O ex-ministro da Defesa, vice na chapa de Jair Bolsonaro em 2022 e ex-interventor federal no Rio de Janeiro, Walter Braga Netto, manteve contato com lobistas e intermediadores da CTU Security LLC, empresa que teria vendido com superfaturamento coletes balísticos ao Gabinete da Intervenção Federal no Rio de Janeiro (GIF).
Braga Netto, considerado um dos homens fortes do ex-presidente Jair Bolsonaro dentro dos círculos militares, foi o chefe da intervenção federal no Rio de Janeiro.
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A Polícia Federal investiga Braga Netto - e quebrou seu sigilo telefônico - no âmbito da Operação Perfídia. Segundo as investigações, a empresa CTU Security LLC vendeu com superfaturamento cerca de 9 mil coletes balísticos para o comitê interventor. As compras eram superfaturadas e, à época, o valor da compra foi estornado.
Agora as investigações mostram que o ex-ministro-chefe da Casa Civil e da Defesa manteve contato com lobistas da CTU Security LLC.
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Em áudios de 6 de março de 2020, Glauco Octaviano Guerra, apontado como advogado da CTU no Brasil, indica que haveria um jantar na casa de Braga Netto, que era ministro da Casa Civil de Jair Bolsonaro.
À época, Tribunal de Contas da União (TCU) já havia ordenado o cancelamento do contrato e a empresa buscava meios de solucionar o impasse. O jantar com o ministro poderia ajudar os estadunidenses, também apontados como responsáveis pela morte do ex-presidente haitiano Juvenel Moïse.
Braga Netto nega envolvimento com o esquema. "Diante de matérias veiculadas hoje (12) pela imprensa, é importante reiterar que os contratos do Gabinete de Intervenção Federal (GIF) seguiram absolutamente todos os trâmites legais previstos na lei brasileira", disse em nota publicada nas redes sociais.
"Com relação a compra de coletes balísticos da empresa americana CTU Security, é preciso destacar que a suspensão do contrato foi realizada pelo próprio GIF, após avaliação de supostas irregularidades nos documentos fornecidos pela empresa", completou.