O ex-ministro da Defesa de Jair Bolsonaro, general da reserva e ex-interventor federal no Rio de Janeiro, Walter Souza Braga Netto, se pronunciou sobre as investigações da Operação Perfídia, da Polícia Federal, que investiga um esquema de superfaturamento do Gabinete de Intervenção Federal no Rio de Janeiro, da qual ele era chefe.
Segundo as investigações, 9.360 coletes balísticos foram comprados pelo GIF em 2018. Os indícios são de " sobrepreço em coletes balísticos", segundo a PF. O esquema foi descoberto pelo Departamento de Segurança de Estado dos EUA, que investiga uma empresa envolvida no assassinato do presidente haitiano, Juvenel Moïse, em 2020.
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O esquema teria superfaturado a compra dos coletes em R$ 4.640.159,40. A Operação Perfídia investiga o conluio de duas empresas e a participação de militares do GIF no esquema, incluindo a participação de Braga Netto, que teve seu sigilo telefônico quebrado pela Justiça.
Em nota publicada em suas redes sociais, o militar bolsonarista afirma que não cometeu nenhuma ilegalidade. "Diante de matérias veiculadas hoje (12) pela imprensa, é importante reiterar que os contratos do Gabinete de Intervenção Federal (GIF) seguiram absolutamente todos os trámites (sic) legais previstos na lei brasileira",disse.
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"Com relação a compra de coletes balisticos da empresa americana CTU Security, é preciso destacar que a suspensão do contrato foi realizada pelo próprio GIF, após avaliação de supostas irregularidades nos documentos fornecidos pela empresa", completou.
"É importante também lembrar que durante a intervenção foram empenhados R$ 1,17 bilhão, sendo que deste total, cerca de 81% foram destinados à aquisição de equipamentos e material permanente e 19% à compra de material de consumo", concluiu o militar.