O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) lidera a primeira pesquisa Datafolha para as eleições à prefeitura de São Paulo, em 2024. Ele está em primeiro, com 32% das intenções de voto, contra 24% do atual prefeito Ricardo Nunes (MDB).
Na sequência, aparecem a deputada federal Tabata Amaral (PSB), com 11%, e Kim Kataguiri (União), com 8%. Vinicius Poit (Novo), que disputou o governo do estado de São Paulo em 2022, ficou na quinta colocação, com apenas 2%.
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Votos brancos e nulos somaram 18% e 5% não escolheram nenhum dos nomes oferecidos.
O Datafolha entrevistou 1.092 eleitores na cidade de São Paulo, entre os dias 29 e 30 de agosto. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.
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Prefeitura de Nunes gastou quase R$ 3 milhões em publicidade na Folha
Uma reportagem do The Intercept Brasil mostrou que a prefeitura de São Paulo gastou quase R$ 3 milhões em publicidade na Folha de S.Paulo para publicar matérias que promovem a gestão do prefeito Ricardo Nunes. O instituto de pesquisas Datafolha pertence ao Grupo Folha, conjunto de empresas do qual o jornal Folha de S.Paulo faz parte.
Candidato de Jair Bolsonaro à reeleição em 2024, Nunes, através de uma agência de publicidade, fez diversos pagamentos em 2022 e, em especial, em 2023, para mostrar a gestão em boa luz para a população paulistana.
A publicidade não era através de banners ou peças publicitárias explícitas. Na verdade, as ações eram matérias patrocinadas, e não mostravam com clareza que eram pagas pela prefeitura.
Os documentos mostrados pelo The Intercept mostram que a gestão Ricardo Nunes gastou dinheiro para "projeto especial, com produção de conteúdo", com "inserção de matérias no digital" e "páginas no impresso" dedicadas à exposição positiva da gestão de Nunes.
Ou seja, não são banners simples, mas conteúdo escrito pela própria gestão Nunes que entra como publicidade disfarçada dentro de um dos jornais de maior circulação e audiência do país.
O ombudsman da Folha afirma que recomendou mudanças à redação. Não viu conflito de interesse entre uma empresa jornalística fazer propaganda do candidato prestes à reeleição, mas recomendou uma alteração nas sinalizações da peças pagas pela prefeitura Nunes.
"Alertei à Redação de que não havia indicação clara sobre ser um produto patrocinado”, disse o ombudsman José Henrique Mariante. Além disso, ele alega que a matéria do The Intercept Brasil “faz inferências, mas não apresenta nada de concreto além, é claro, da falta de um marcador mais explícito de conteúdo não editorial”.