Nesta terça-feira (29), o presidente Lula nomeou a advogada Daniela Teixeira para o cargo de ministra do Supremo Tribunal de Justiça (STJ).
A jurista tem um longo histórico de combate à desigualdade de gênero, na luta por direitos das mulheres e contra a violência doméstica.
Te podría interesar
Formada pela UnB, tem pós-graduação em Direito Econômico e mestrado pelo IDP. Foi conselheira federal da OAB e secretária geral da organização. Além disso, foi indicada pelo STF para compor o Tribunal Superior Eleitoral na categoria de jurista.
E uma de suas principais contribuições é a Lei Júlia Matos, promulgada em 2016, baseada um história.
Te podría interesar
Em 2013, ela aguardava um julgamento no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). À época, ela estava grávida de Júlia Matos. Ela pediu prioridade para o ministro Joaquim Barbosa para atendimento prioritário.
O juiz negou prontamente o pedido de Daniela, que aguardou por mais de seis horas para receber o resultado do processo. Ganhou a causa. Mas saiu do tribunal direto para o hospital, com fortes contrações.
Era sua filha, Júlia Matos, que nasceu prematura de seis meses de gestação. Após contar sua história, descobriu que outras advogadas também passaram por movimento similar.
Então, conquistou assinatura de diversas advogadas para conquistar direitos para as defensoras grávidas, adotantes e lactantes, como suspensão de prazos e preferência em audiências. A lei foi aprovada e transformou a vida das profissionais do direito até o dia de hoje.
Em 2017, Daniela foi premiada pela Câmara dos Deputados a maior honraria dedicada às mulheres, a Medalha Mulher Cidadã Carlota Pereira de Queirós.
Confira vídeo do relato de Daniela: