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Cadeia de verdade: PGR quer transferência de militares golpistas para que haja "disciplina mínima"

Agentes de segurança estão presos por omissão em unidades militares, investigadas por irregularidades como visitas não autorizadas

Polícia assiste aos atos golpistas de 8 de janeiro.Créditos: Joedson Alves/Agência Brasil
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A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF), na última sexta-feira (25), que militares presos por omissão nos atos golpistas de 8 de janeiro fossem transferidos para outras unidades militares.

Os sete militares em questão foram presos preventivamente em operação realizada pela Polícia Militar e pela PGR no último dia 18 e são ex-integrantes da cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal. A acusação é de que os oficiais conheciam previamente os riscos do atentado golpista às sedes dos Três Poderes e deixaram de agir para impedir o vandalismo, sendo omissos.

Detenções irregulares

O subprocurador-geral da República, Carlos Frederico Santos, explicou que o 19º Batalhão da PM, onde os investigados estão cumprindo prisão preventiva, apresenta indícios de não ter “condições para caucionar disciplina mínima”. A mudança busca evitar que haja “intercorrências de subversão da ordem e disciplina”.

Dos sete militares presos, cinco são coronéis. A PGR pede que eles sejam supervisionados por um coronel com patente de antiguidade superior, após receber informação da Secretaria de Segurança Pública do DF de que três deles estão sob supervisão de um major, posição inferior na hierarquia militar.

A PGR também identificou irregularidades nas detenções, como uma visita da esposa do coronel preso Jorge Eduardo Naime, sem autorização do comando da unidade militar.

Outros presos na operação foram os coronéis Klepter Rosa Gonçalves, Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues, Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra e Fábio Augusto Vieira; o major Flávio Silvestre de Alencar; e o tenente Rafael Pereira Martins.