Na manhã desta quinta-feira (24), Jair Renan, filho do ex-presidente Bolsonaro, foi alvo de uma operação da Polícia Civil do Distrito Federal sob suspeita de fazer parte de uma organização criminosa envolvida em sonegação fiscal, lavagem de dinheiro, falsificação de documentos e estelionato.
Mandados de busca e apreensão foram executados nas residências de Jair Renan em Camboriú (SC) e em Brasília (DF). Foram apreendidos celulares, papéis com anotações e HDs.
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Após a operação ter sido tornada pública, o nome de Jair Renan foi parar nos principais assuntos das redes sociais.
No entanto, o que realmente chama atenção é o silêncio de seu pai, Jair Bolsonaro, e de seus irmãos Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que são usuários assíduos das redes sociais.
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Mais de uma hora depois da operação contra Jair Renan, a publicação mais recente de Eduardo Bolsonaro era uma fake news sobre o PAC.
Por sua vez, Jair Bolsonaro limitou-se a atacar o presidente Lula (PT), algo que faz diariamente.
No caso de Flávio Bolsonaro, já se passaram mais de 11 horas desde sua última publicação em suas redes.
Já Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) fez uma postagem atacando a atriz Tatá Werneck.
No entanto, uma pessoa da família Bolsonaro se manifestou nas redes sociais após a operação da Polícia Civil contra Jair Renan: Michelle Bolsonaro.
Por meio de suas histórias no Instagram, a ex-primeira-dama e madrasta de Jair Renan escreveu o seguinte: "Senhor, obrigada por mais este dia. Que os teus olhos estejam sobre nós".
Vale lembrar que durante as eleições de 2022, Jair Renan e Michelle Bolsonaro protagonizaram uma discussão através das redes sociais.
Naquela ocasião, Michelle criticou o fato de a ex-mulher de Bolsonaro e mãe de Renan, Cristina Valle, usar o sobrenome do ex-presidente nas eleições, uma vez que ela concorria a uma vaga na Câmara Distrital. Michelle a chamou de "alpinista social".
Michelle Bolsonaro não citou diretamente Cristina, mas afirmou que "alpinistas" estavam usando o nome de Jair Bolsonaro para receber votos.
"Cristina Bolsonaro, que está na disputa por uma vaga na Câmara Legislativa do DF, conta com meu apoio e deixou claro que o comentário de terceiros, 'alpinista', não reflete a realidade", respondeu Jair Renan.
"Falso coach"
A operação deflagrada pela Polícia Civil do DF, intitulada "Succedere" e "Falso Coach", tem como principal alvo Maciel Carvalho, que foi instrutor de tiro de Jair Renan e foi preso em janeiro deste ano.
De acordo com as investigações, o grupo atuava através de um laranja e de empresas fantasmas que eram utilizadas por Maciel Carvalho e seus parceiros.
Conforme informações do G1, o grupo utilizava uma identidade falsa de Antônino Amâncio Alves Mandarri, a qual era usada para abrir contas bancárias.
Além disso, os investigados são suspeitos de terem forjado registros de faturamento e outros documentos das empresas sob investigação, e teriam usado dados de contadores sem o consentimento destes.
A investigação é conduzida pela Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Ordem Tributária (DOT), vinculada ao Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Decor) da Polícia Civil.
Os alvos da operação são:
- Jair Renan
- Maciel Carvalho, amigo e instrutor de tiro de Jair Renan
- Terceira pessoa não identificada