Jair Renan Bolsonaro, filho mais novo do ex-presidente da República, conhecido como “04”, é alvo de uma operação da Polícia Civil do Distrito Federal contra um grupo suspeito de estelionato, falsificação de documentos, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.
A operação foi deflagrada na manhã desta quinta-feira (24) e os agentes cumprem mandados de busca e apreensão em Brasília e em Balneário Camboriú, em Santa Catarina.
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Além dele, integrantes do grupo, como o instrutor de tiro de Renan, Maciel Carvalho e um terceiro investigado na operação, Eduardo Alves dos Santos, também são alvos de busca e apreensão.
Quem é Jair Renan?
Jair Renan, de 25 anos, foi nomeado para um cargo no Senado Federal em março deste ano, no gabinete do senador Jorge Seif (PL), ex-secretário de Pesca do governo do pai.
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Na época, foi divulgado que ele receberia um salário de aproximadamente R$ 9,5 mil (vale lembrar que o valor líquido da remuneração para o cargo é de R$ 7,7 mil). Além disso, Jair Renan já viajou para vários estados do país desde o início de 2023 e atua como influenciador nas redes sociais, se tornando popular por meio de falas polêmicas.
Em julho deste ano, ele voltou a viralizar após uma entrevista do ano passado repercutir. Durante a participação no podcast “Social Pro”, o mesmo confessou não ter cumprido as medidas de segurança durante a pandemia da Covid-19 e classificou o período como “top”, já que foi a época em que, segundo ele, "pegou mais mulheres", em tom machista.
Não é a primeira vez que Jair Renan é investigado. Em dezembro de 2021, ele foi intimado pela Polícia Federal a prestar depoimento em inquérito que apurava o pagamento de suposta propina a empresários interessados na administração pública.
No entanto, o mesmo só compareceu à Superintendência da PF no Distrito Federal no ano seguinte, ao lado do advogado Frederick Wassef. Assim, Jair Renan se opôs às irregularidades ou de ter intermediado contatos de empresários com o governo federal.
O então presidente Jair Bolsonaro criticou a investigação e afirmou ter 'pouco contato' com o filho, que vivia com a mãe, Ana Cristina Valle. As suspeitas revelavam a utilização da empresa de Jair Renan, a Bolsonaro Jr Eventos e Mídia, para promover articulações entre a Gramazini Granitos e Mármores Thomazini e o ex-ministro Rogério Marinho.
Bolsonaro, tentando se desvencilhar, citou na época exemplos como compra de carro e conta bancária, tentando justificar o caso com “afastamento” do filho. “A última agora é do meu filho 04, lavando dinheiro e tendo recebido um carro de uma empresa. Se recebeu um carro, é fácil de provar, está registrado no Detran. A questão de lavar dinheiro, também é conta bancária. [...] O moleque tem 24 anos agora, acho que ninguém conhece ele, vive com a mãe, há muito tempo está longe de mim, mas recebo ele de vez em quando aqui, tem a vida dele, não vou dizer está certo ou se está errado, mas peço a Deus que o proteja”.