A origem do apagão ocorrido na última terça-feira (15) no Distrito Federal e vários estados teve origem na linha de transmissão de Quixadá-Fortaleza, no Ceará. A informação foi divulgada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que divulgou um relatório técnico que consolida as informações preliminares sobre o incidente de queda de energia elétrica ocorrido nesta semana.
O Informe Preliminar de Interrupção de Energia no Sistema Interligado Nacional (IPIE), elaborado por determinação do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, aponta que o ponto de partida do distúrbio foi a linha de transmissão de 500 kV Quixadá-Fortaleza II, de propriedade da Eletrobras Chesf, e que "o evento em si não teria sido suficiente para causar a interrupção de energia elétrica observada no incidente".
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O documento também considera a possibilidade de que uma atuação incorreta no sistema de proteção da linha, que estava operando dentro dos limites, tenha desencadeado o desligamento.
A equipe técnica do ONS, no relatório, enfatiza que o "desligamento teve um impacto desproporcional em equipamentos adjacentes e causou oscilações elétricas (tensão e frequência) nas regiões Norte e Nordeste. Após 600 milissegundos, ocorreu a atuação das Proteções de Perda de Sincronismo (PPS), que são responsáveis pelo desligamento controlado das linhas que compõem as interligações Norte - Nordeste, Nordeste - Sudeste e Norte - Sul, separando o Sistema Interligado Nacional em três áreas elétricas distintas".
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No próximo dia 25 de agosto, está agendada a primeira reunião envolvendo o Ministério de Minas e Energia, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e os agentes do setor de geração, transmissão e distribuição. O objetivo é avaliar as informações consolidadas enviadas pelos envolvidos no incidente e, a partir disso, iniciar a elaboração do relatório final. Uma segunda reunião já está programada para 1º de setembro. O relatório final será concluído dentro de 45 dias úteis.
Atualmente, o sistema elétrico está operando com precauções adicionais para garantir a segurança do fornecimento, conforme definido nos Procedimentos de Rede. Entre as medidas adotadas pelo ONS, estão a redução da carga nas linhas de transmissão e o adiamento de manutenções programadas.
Confira aqui o relatório divulgado pelo ONS que servirá como base para o diagnóstico final do incidente.