O vereador bolsonarista de Porto Alegre, Alexandre Bobadra (PL), participava nesta terça-feira (15), de uma homenagem na Câmara da capital gaúcha ao ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos), cassado em junho deste ano, quando foi informado que ele também havia sido cassado.
A Casa informou a Bobadra que, por seis votos a um, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) cassou o seu mandato e que “quando notificada da decisão oficial atuará para cumpri-la como a lei determina”.
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Bobadra foi denunciado por uma série de abusos eleitorais, como o fato de sua campanha ter recebido mais dinheiro do partido na época de sua eleição, além de ter aparecido mais tempo na propaganda eleitoral do que seus então correligionários – o parlamentar se elegeu pelo PSL, que depois formou o União Brasil junto ao DEM.
Os autores da ação alegam que o vereador, na condição de presidente municipal da sigla, promoveu “concentração inédita de recursos em sua própria campanha, inviabilizando a competitividade de seus correligionários”.
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Apesar da decisão desta terça, Bobadra não se torna inelegível. O TRE, que considerou nulos os votos destinados a Bobadra, fará um recálculo dos quocientes eleitorais e partidários, o que ocasionará uma mudança na composição da Câmara.
Possibilidade zero
Enquanto isso, Dallagnol afirmou considerar que tem possibilidade zero de ter atendido recursos no Supremo Tribunal Federal para reverter sua cassação. "Tenho esperança zero de retomar o mandato a partir de um julgamento do STF na configuração que nós temos hoje. Ainda mais debaixo de um governo Lula que busca vingança contra todos que trabalharam na Lava Jato", disse após receber a Comenda Porto do Sol, na Câmara dos Vereadores da Capital.