O economista e líder histórico do Movimento Sem Terra João Pedro Stédile chegou à Câmara na tarde desta terça-feira (15) para prestar depoimento à CPI do MST "escoltado" por lideranças religiosas e ativistas sociais, que entoaram o grito "a luta é para valer" nos corredores da casa legislativa.
Stédile presta depoimento em clima de animosidade na comissão que é dominada por representantes de ruralistas que tentarão, de qualquer forma, dar voz de prisão ao economista.
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Em entrevista ao Brasil de Fato nesta segunda-feira (14), Stédile disse que vai à CPI "sem nenhuma preocupação".
“As pessoas que vão lá tem que ter muito sangue frio, porque alguns deputados da extrema direita abusam, deixam de ter posturas civilizatórias e ofendem, para ver se as pessoas reagem de forma intempestiva e, com isso, eles possam tomar alguma outra medida que prejudique ainda mais o depoente. Eu estou preparado, cinco ou sete horas são normais para nós, nossos cursos de formação duram dias, alguns duram semanas, tem curso que dura um mês. Não será um problema", afirmou.
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Stédile disse ainda que "a bancada de extrema direita, que não representa sequer os interesses da bancada ruralista, transformou a CPI num circo, com todo tipo de estripulias, para colocar agressões em suas redes sociais".
"Eu esperava que a CPI fosse um fórum de debate sobre os problemas agrários de nosso país. Mesmo que na composição da comissão houvesse, como é natural, uma bancada de extrema direita, que obviamente tem um olhar diferente da esquerda para sobre a questão agrária brasileira, esperávamos que houvesse honestidade dos deputados, que eles sinalizassem quais problemas que a sociedade brasileira tem no meio rural. Quem são os responsáveis por esses problemas? Quais são as soluções?", indagou.
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