A vereadora Monica Benício (PSOL-RJ) e viúva de Marielle Franco, utilizou as redes sociais para se pronunciar sobre a nova etapa das investigações do assassinato de sua ex-companheira e do motorista Anderson Gomes.
Para Monica Benício, o governo Lula tem compromisso com a Justiça. "A diferença que faz termos um governo comprometido com a segurança pública e com a justiça: a Polícia Federal realizou hoje operações para avançar na investigação dos assassinatos de Marielle e Anderson. Eu quero respostas. As famílias, o país e a democracia brasileira precisam de respostas", disse.
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Em seguida, Monica Benício destacou a prisão do ex-bombeiro Maxwell Corrêa, conhecido como Suel. "Suel já havia sido condenado por atrapalhar as investigações sobre o assassinato de Marielle e Anderson. Por que ele estava solto?", questionou.
Posteriormente, a vereadora agradeceu o empenho do presidente Lula e do ministro da Justiça, Flávio Dino. "Agradeço o empenho do ministro Flávio Dino e do presidente Lula em buscar uma solução para esse crime que abalou as estruturas do nosso Estado. Quem mandou matar Marielle? Tenho fé e convicção de que teremos essa resposta", concluiu.
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Dino: Descobrir quem mandou matar Marielle Franco é prioridade do presidente Lula
Em entrevista ao Jornal das Dez, na Globonews, na noite desta segunda-feira (24), o ministro da Justiça, Flávio Dino, declarou que a elucidação dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes é "uma prioridade do presidente Lula".
"Essa investigação é uma prioridade do presidente Lula, uma determinação do mandatário, pela Marielle, pelos fatores políticos no sentido específico, mas sobretudo por essa compreensão de que essa é uma investigação que tem sentido amplo, mais largo e que nós temos a esperança de que ela vai chegar ao termo que todos desejam e que nós desejamos", disse o ministro da Justiça.
Em seguida, Flávio Dino criticou, sem citar nomes, pessoas que buscaram desqualificar o avanço da investigação sobre o assassinato de Marielle Franco. "Houve hoje, infelizmente, uma ideia de minimização do passo dado. Houve uma tentativa de desqualificação do passo dado, inclusive por pessoas que se omitiram durante anos. Se omitiram por medo, se omitiram por conveniência, se omitiram por conivência e agora tentam desqualificar o que foi feito", disse.
O ministro enfatizou que a investigação vai avançar ainda mais, porém, frisou que não haverá "pirotecnia e nem invenção de provas" em uma clara crítica ao modo como a Polícia Federal foi instrumentalizada nos últimos anos.
"Tenho absoluta certeza de que nenhum outro passo vai ser dado com igual seriedade. Seriedade que implica o devido processo legal: ninguém vai fazer pirotecnia, ninguém vai fazer espetáculo e ninguém vai inventar prova, ninguém vai inventar conclusões, mas essa avenidas são avenidas virtuosas para esclarecer definitivamente esse e outros crimes, porque essa dinâmica criminosa inclusive está cheia de pessoas que já morreram", afirmou.
Ao ser questionado pelo jornalista Nilson Klava se as mortes em torno do caso Marielle Franco são execuções, Flávio Dino concordou. "O que é eloquente, não é acaso, não é azar. Então, é uma dinâmica que está ali evidente e a investigação permite a reconstituição passo a passo, quase como num livro de terror, eu diria. Poderia ser um livro policial, mas é um livro de terror", concluiu Flávio Dino.