Segundo a coluna da jornalista Monica Bergamo, da Folha, o governo Lula proibiu que seus ministros e secretários participem dos eventos do LIDE, grupo de investimentos de João Doria.
Entenda:
- Segundo a coluna de Monica Bergamo, os membros do primeiro escalão do governo Lula estão proibidos de participarem de eventos do LIDE
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- O LIDE é o grupo de investimento em fundos comandado por João Doria, ex-governador de São Paulo e ex-prefeito da capital, que promove eventos da iniciativa privada para soluções para o Brasil
- Em maio, José Múcio e Flávio Dino participaram de um evento do grupo, o que trouxe insatisfações para Lula, que comentou sobre o incidente
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- Doria foi um aliado de Bolsonaro entre 2016 e 2018, mas rachou com o empresário por conta da pandemia de covid-19, por conta da postura negacionista de Bolsonaro
- Neste período, João Doria fez fortes críticas ao presidente Lula e chegou a celebrar a sua prisão, além de ter se associado ao bolsonarismo. Lula avalia que o ex-governador não se redimiu
A reportagem afirma que o próprio Lula ficou insatisfeito com o ministro José Múcio após a participação dele no evento em maio. Flávio Dino também tinha se sentado ao lado de Doria para conversas com os empresários.
No próximo evento do LIDE, estarão presentes Rodrigo Pacheco, Fátima Bezerra e Campos Neto, mas nenhum membro do primeiro escalão do governo Lula.
O motivo por trás da decisão de Lula
Lula acredita que Doria tem que se redimir perante o Partido dos Trabalhadores e com o próprio presidente antes de tentar se associar aos membros do governo.
Vale lembrar que, durante seus anos como prefeito e governador, Doria foi intensamente crítico a Lula, utilizando o nome do ex-presidente como xingamento, celebrando sua prisão e sendo um vetor do antipetismo. Vale lembrar do fenômeno "Bolsodoria" para a campanha ao governo estadual de Doria, ainda em 2018.
Doria foi humilhado e escorraçado depois de se tornar governador por fazer críticas ao governo Bolsonaro. Foi alvo de críticas de diversas lideranças bolsonaristas e do próprio ex-presidente, que o chamava publicamente de calcinha apertada.
Mas isso não foi suficiente: o milionário disse que iria anular seu voto no ano passado devido à "falta de comportamento moral e lisura no tratamento do dinheiro público".
Para Lula, Doria ainda não se desculpou e os eventos do LIDE seguem sendo proibidos para os membros do alto escalão do governo.