A Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou nesta segunda-feira (17) ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que diversas empresas responsáveis por plataformas digitais enviem à Justiça dados das redes sociais do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
No pedido, o Ministério Público Federal (MPF) requer que o Instagram, LinkedIn, TikTok, Facebook, Twitter, YouTube e outras redes utilizadas por Bolsonaro entreguem a "integralidade" de suas publicações que abordam os seguintes temas: eleições, urnas eletrônicas, Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Supremo Tribunal Federal (TSE) e Forças Armadas.
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Vitimização
Na manhã desta terça-feira (18), a defesa de Jair Bolsonaro divulgou um comunicado em que transforma o ex-presidente em vítima e que ele é alvo de "monitoramento político".
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"A defesa do presidente Jair Bolsonaro reitera que ele jamais incitou, induziu ou teve participação em quaisquer dos atos ocorridos na Praça dos Três Poderes, no dia 08/01, em relação aos quais fez e faz questão de posicionar-se de forma discordante", diz a nota assinada pelo escritório Paulo Amador da Cunha Bueno Advogados.
Em seguida, os advogados afirmam que "causa espécie e grande preocupação com o exercício da liberdade de pensamento e opinião o fato de se pretender requerer aos servidores provedores de redes sociais o envio da lista completa e dos respectivos dados de identificação de todos os seus seguidores em redes sociais".
Por fim, a defesa de Bolsonaro afirma que o pedido da PGR "não guarda qualquer conexão lógica com o fato em apuração - sobre o qual o presidente já prestou declarações, esclarecendo todas as circunstâncias - tratando-se de uma inaceitável e absurda tentativa de monitoramento político".