ELEIÇÕES 2026

Candidatura de Michelle Bolsonaro à Presidência é rechaçada por militares por dois motivos

Assim como a Faria Lima, a cúpula das Forças Armadas, formada em sua maioria por homens brancos, reprova uma possível candidatura de Michelle em 2026 no lugar de Bolsonaro, que está inelegível.

Créditos: Presidência da República
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Atuando intensamente, especialmente entre o público feminino da extrema-direita, na tentativa de viabilizar seu nome para ocupar o espaço deixado pelo marido, Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível para concorrer à Presidência em 2026, Michelle Bolsonaro, atual presidenta do PL, não é bem aceita em um dos principais nichos de apoio do ex-presidente: os militares.

Comandada em sua maioria por homens brancos, geralmente oriundos de uma dinastia militar, as Forças Armadas já teriam sinalizado que reprovam uma possível candidatura da ex-primeira-dama à Presidência em 2026, segundo informações divulgadas por Bela Megale no jornal O Globo desta terça-feira (18).

Segundo a jornalista, assim como a "Faria Lima", nata financeira também comandada por homens brancos endinheirados, as Forças Armadas associam Michelle à pauta de costumes e religião, mas rifam o nome dela por dois motivos.

O primeiro deles seria a falta de experiência da ex-primeira-dama, que nunca ocupou um cargo relevante dentro da estrutura política. 

O segundo está relacionado à tentativa dos militares de recuperar, ao menos em parte, a credibilidade diante da população, se afastando da política após servir de linha auxiliar para Bolsonaro.

Generais que fazem parte da atual cúpula das Forças Armadas já teria concordado que a aproximação com o bolsonarismo trouxe sérios problemas à imagem dos militares, principalmente no Exército. O objetivo agora seria afastar militares da ativa da política.