O ministro Flávio Dino, da Justiça e Segurança Pública, está otimista com as investigações e uma possível resolução do assassinato de Marielle Franco. A vereadora carioca do Psol foi morta em março de 2018 no Rio de Janeiro por Ronnie Lessa, miliciano que à época era vizinho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A declaração foi dada em entrevista publicada na última quinta-feira (13) pela Agência Pública e assinada por Vasconcelo Quadros e Caio de Freitas Paes. Os jornalistas que já haviam tratado de alguns temas pertinentes à pasta de Dino, como os atos golpistas e os ataques a escolas, questionou o ministro sobre o avanço das novas investigações sobre o caso.
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“Trabalho sempre com um conceito de ‘otimismo moderado’. Otimismo porque temos um trabalho sério, uma equipe da PF trabalhando só no caso Marielle há três meses. Isso me dá esperança. Mas por que minha moderação? Porque se passaram cinco anos. Imagens, impressões digitais, indícios de um modo geral se perderam”, declarou.
Dino lamenta que o tempo passou e que, nos últimos 4 anos pouca coisa pôde ser feita. Disse também que se tivesse imagens daquele mesmo dia, como há imagens disponíveis hoje, rapidamente seria possível apurar cada detalhe do caso e chegar aos mandantes.
“Hoje a tecnologia é amiga da investigação, não existe crime perfeito. Mas, infelizmente, não temos mais os dados da ERB, não temos as [imagens das] câmeras, e essa é a razão da minha moderação. Não existe crime perfeito, mas infelizmente não temos mais os dados completos”, avaliou.
Por fim, o ministro falou sobre novidades que ainda serão reveladas sobre o caso e mostrou otimismo com uma solução.
“Temos novidades, sim. Não tenho uma previsão [de quando será divulgado], porque há coisas que faço questão de não saber, mas, sim, as equipes me informaram que conseguiram avançar… até onde, não posso dizer. Teremos de esperar. Mas acredito que vamos chegar a uma solução do crime, sim”, revelou.