A pedido do ministro Flávio Dino, da Justiça e Segurança Pública, a Polícia Federal investiga desde março o ainda não resolvido assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol), ocorrido em março de 2018 no Rio de Janeiro. As apurações desses últimos meses fizeram os federais acreditarem que a investigação pode ter sido sabotada por alguns agentes da Polícia Civil, e agora apura tal suspeita.
De acordo com a PF, alguns dos policiais envolvidos nas investigações teriam realizado manobras no inquérito com o objetivo de induzir as apurações ao erro. Nas palavras da coluna do Guilherme Amado, no Metrópoles, que divulgou a informação, os agentes teriam “conduzido a investigação a caminhos sem saída”.
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Ao todo, o caso já esteve nas mãos de cinco delegados de polícia: Giniton Lages, Daniel Rosa, Moisés Santana, Henrique Damasceno e Alexandre Herdy. Este último conduz o caso desde fevereiro de 2022. Com os 5 chefes de investigação, três diferentes equipes já trabalharam no caso. A PF, obviamente, não revelou qual grupo teria membros suspeitos.
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Marielle e seu motorista Anderson Gomes foram mortos em 14 de março de 2018 por assassinos profissionais. Os criminosos estariam monitorando a vereadora e souberam o momento exato para cometer o crime, com tiros precisos disparados do ponto cego do motorista, e em local fora do alcance das câmeras de segurança instaladas naquela rua.
Um ano depois, foram presos Ronnie Lessa e Élcio Queiróz, à época sargento reformado e ex-policial militar. Ambos foram acusados de serem os executores do crime. Desde então, o principal dado que as investigações buscam é a respeito de quem teria sido o mandante. Lessa era vizinho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no condomínio Vivendas da Barra, na zona oeste do Rio.