Após acordo firmado pela relatora, senadora Eliziane Gama, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos golpistas de 8 de janeiro, aprovou a quebra de sigilo do e-mail corporativo do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid, que deixou a prisão nesta terça-feira (11) para ser ouvido no Congresso.
Além do requerimento relacionado ao ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, a CPMI aprovou diversos requerimentos de quebra de sigilo de pessoas investigadas pela comissão.
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Logo após a votação foi autorizada a entrada de Mauro Cid, que chegou fardado e acompanhado de advogados na CPMI.
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Quebra de sigilo
No requerimento, a senadora pediu “cópia integral de todas as mensagens enviadas, recebidas ou armazenadas, incluídas àquelas em rascunhos e lixeira, com todos os seus respectivos anexos”.
“Trata-se, em verdade, não de um e-mail pessoal do servidor, mas de uma ferramenta de trabalho que serve ao cumprimento das atribuições do cargo ou função exercidos", argumenta.
Aliados de Bolsonaro tentaram barrar a aprovação do requerimento. Primeiramente, Marcos Rogério (PL-RO) tentou barrar alegando que só votaria a quebra de sigilo de pessoas já ouvidas na comissão.
Pressão no Exército
Em meio à convocação de Cid e ao novo depoimento que ele deve prestar à Polícia Federal, a família do militar pressiona o Exército para que atue junto a Alexandre de Moraes para tentar colocá-lo em liberdade.
Segundo a coluna de Bela Megale, no jornal O Globo, o general Mauro Cesar Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que está na reserva tem se movimentado entre militares de alta patente pedindo a soltura do filho por meio da interlocução com o Supremo Tribunal Federal (STF) e o governo Lula, que não tem ingerência sobre a investigação.
O pai afirma que a prisão do filho está causando muitos custos e afetando a situação emocional da família.
Durante o governo Bolsonaro, o clã Cid, no entanto, adquiriu diversas mansões nos EUA com o nome de “Cid Family Trust”. Uma das mansões, na Califórnia, foi comprada pelo irmão, Daniel Cid, por 1,7 milhão de dólares (cerca de R$ 8 milhões).