A deputada federal Erika Kokay (PT-DF) respondeu as falas de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), feitas no último domingo (9) em Brasília, onde comparou professores a traficantes para um público de CACs (caçadores, atiradores e colecionadores de armas). Para a deputada, “mais uma vez Eduardo se revelou” e precisa ter o mandato cassado.
“Ele e o pai realmente preferem o crime organizado aos professores e professoras. Eles sabem que a educação é a maior inimiga do projeto autoritário e preconceituoso que defendem. Querem menos livros e mais armas”, pontuou.
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A fala de Eduardo Bolsonaro foi feita no âmbito de uma manifestação patrocinada pelo grupo Próarmas, que pedia a liberação para compra e posse de armas de fogo por civis no país. O público que ouviu a comparação está, consequentemente, armado. E paralelamente a isso o Brasil registrou uma série de ataques a escolas neste ano, por armas de fogo ou armas brancas, que vitimaram, entre outras pessoas, uma professora de 71 anos em São Paulo.
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Erika, que é uma das seis deputadas ameaçadas de cassação por protestarem contra a aprovação do Marco Temporal, que retira direitos históricos dos povos indígenas, cobrou a perda de mandato de Eduardo. "Traficantes tiram a vida dos nossos jovens, enquanto os professores e professoras são os que possibilitam a vida plena. Quem prefere traficantes aos professores não pode ter um mandato”, defende a deputada.
Para piorar, a manifestação armamentista que contou com a declaração de Eduardo Bolsonaro se deu no mesmo dia da Parada LGBTQIAP+ de Brasília e nas proximidades da concentração do evento, em claro movimento intimidatório. Erika foi uma das lideranças políticas que discursou na Parada de Brasília.
"O bolsonarismo sempre perseguiu a educação, seja cortando recursos, atacando o conhecimento científico oi incentivando o constrangimento, a mordaça e a violência contra quem educa. Eduardo precisa responder pela fala criminosa e prestar contas com a Justiça", concluiu.