O celular do tenente-coronel Mauro Cid, ajudantes de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro ao longo dos quatro anos de mandato, é uma verdadeira caixa de Pandora. A cada nova revelação a situação do ex-mandatário e do auxiliar se complica.
Cid está preso desde o dia 3 de maio por, segundo a Polícia Federal (PF) liderar um esquema de fraude de cartões de vacinação que teria beneficiado, inclusive, o próprio Bolsonaro. No dia em que foi detido o militar também teve apreendidos três celulares.
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A partir da apreensão desse aparelhos de celular de Cid, investigadores chegaram a inúmeros outros fatos que ensejaram novas investigações ou reforçaram outras já existentes - da conspiração por um bolsonarista contra o resultado das eleições de 2022 até o escândalo das joias dadas ao governo pela Arábia Saudita e que o atual presidente tentou se apropriar ilegalmente.
Cid até que tentou driblar um possível monitoramento dos seus celulares por parte do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mas a PF conseguiu mapear as linhas registradas no exterior pelo militar.
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Confira o que já foi revelado até agora
7 de junho - A minuta de um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e alguns "estudos" que, segundo investigadores, eram destinados a dar suporte a um eventual golpe de estado, foi encontrada pela Polícia Federal (PF) no celular do tenente-coronel, Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
2 de junho - Mauro Cid tirava o sarro do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), filho 'zero dois' de Bolsonaro, em troca de mensagens com o ex-chefe de Gabinete da Presidência, Célio Faria.
31 de maio - Deboche de alto escalão e de parlamentares bolsonaristas. Foram alvos do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro a deputada Bia Kicis (PL-DF); o general Luiz Eduardo Ramos, ex-ministro da Secretaria-Geral e da Casa Civil; Jorge Seif, ex-secretário da Pesca e atual senador; e Gilson Machado, ex-ministro do Turismo.
28 de maio - Mensagens do celular-bomba mostram algumas características pessoais de Michelle Bolsonaro, que exigia saques de dinheiro vivo feitos por funcionários do Palácio, que supostamente pagavam suas contas.
24 de maio - Cid tratava Michelle Bolsonaro por dois códigos: "A dama quer saques" e "PD".
10 de maio - PF descobre mensagens no celular de Cid que tratam sobre o envio de remessas de dinheiro para o exterior. Os valores tratados chamaram a atenção dos investigadores.
4 de maio - PF encontra áudios no telefone celular do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro enviados por outro auxiliar do ex-presidente, Ailton Barros, nos quais é tramado um golpe de Estado.