Em entrevista ao Brasil247, o empresário Tony Garcia revelou detalhes sobre o processo de impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff.
O político e delator que afirmou que agiu junto de seu ex-aliado Eduardo Cunha (MDB) para agir em favor da remoção da chefe do executivo petista.
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Tony Garcia afirmou que trabalhou com Cunha para construir um acordo com lideranças dos PSDB, incluindo Aécio Neves e Carlos Sampaio, para que o pedido de impeachment fosse aceito, o que ocorreu em dezembro de 2015.
Ele afirmou que o não-pagamento de propina a um deputado paranaense foi importante para o processo de Eduardo Cunha, então presidente da Câmara, passar pelo Comitê de Ética da casa.
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"Eu tive participação direta nos bastidores e devo desculpas à presidente Dilma", afirmou Tony Garcia em sua entrevista na transmissão ao vivo do 247.
Garcia ganhou as manchetes neste fim de semana por conta de revelações bombásticas de que teria coletado provas ilegalmente para Sérgio Moro durante a Operação Lava-Jato.
Em entrevista à CNN, o ex-deputado estadual e ex-namorado de Xuxa afirmou ter sido chantageado pela turma de Moro e do MPF a coletar provas ilegais contra adversários da operação.
“Eu falei que eu era agente infiltrado, que eu recebia as ordens diretas do Moro, que ele pedia para eu ir sem advogado. Eu fui 40 vezes ao MPF, fiquei trabalhando para eles, me fizeram de funcionário”, disse.
Ele também relatou uma chantagem contra os juízes do TRF-4. "Teve até uma festa que chamaram de festa da cueca, feita com desembargadores em Curitiba, na suíte presidencial. Teve essa festa da cueca, tinha um monte de desembargador, mandaram prostitutas pro hotel", disse Garcia ao jornalista Joaquim de Carvalho.