MORO NA MIRA

Rogério Correia que ouvir Tony Garcia na Câmara sobre denúncias contra Moro

Deputado petista também vai pedir providências ao STF sobre as revelações bombástica sobre a atuação de Sergio Moro como juiz em Curitiba

Créditos: Agência Câmara (Pablo Valadares) - Rogério Correia quer ouvir Tony Garcia sobre acusações contra Sergio Moro
Escrito en POLÍTICA el

O deputado Rogério Correia (PT-MG) planeja convocar Tony Garcia para depor na Câmara e vai pedir que o Supremo Tribunal Federal (STF) tome providências sobre o teor das revelações do empresário.

Neste domingo (4), pelas redes sociais, o parlamentar mineiro escreveu que vai apresentar um requerimento para que o empresário detalhe sua relação com Sergio Moro.

Correia é motivado pela entrevista concedida por Garcia neste sábado (3) à TV 247 na qual o empresário revela como Moro transformou sua vara judicial em Curitiba em uma espécie de Guantánamo e detalhou como foi utilizado pelo ex-juiz como um agente infiltrado para perseguir adversários do protagonista da Operação Lava Jato.

Um exemplo disso é o caso do advogado Roberto Bertholdo, que foi preso com base em falso testemunho fornecido por Garcia, alegando ter sido coagido por Moro a incriminá-lo.

Na entrevista, Garcia também revelou que Moro e outros personagens que posteriormente se tornaram procuradores da Lava Jato o instruíram, ainda em 2006, a conceder uma entrevista ao jornalista Alexandre Oltramari, da revista Veja, com o objetivo de incriminar o ex-ministro José Dirceu. Durante a entrevista, Garcia afirmou que Dirceu e Bertholdo estariam envolvidos em um suposto esquema de corrupção do MDB - porém, na entrevista deste sábado, ele declarou que essa história foi fabricada por ordem de Moro e dos procuradores.

Tony Garcia, que nasceu em São Paulo, mas sempre foi um personagem influente nos círculos sociais do Paraná, também alegou que desembargadores do TRF-4, o mesmo tribunal que condenou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em segunda instância, eram chantageados pelos protagonistas da Lava Jato devido à participação em orgias com prostitutas de luxo na suíte presidencial do Hotel Bourbon, em um evento chamado de "festa da cueca".

Ele também afirmou que o ministro Félix Fischer, responsável por manter as condenações de Lula no STJ, era controlado pela força-tarefa paranaense devido a supostos pagamentos feitos a seu filho.