Tony Garcia, pivô da prisão de Beto Richa no Paraná, em 2018, afirmou em delação premiada que fez gravações ilegais do ex-governador e outras autoridades da República a mando do ex-juiz Sérgio Moro e de procuradores da operação Lava Jato.
Garcia afirmou ainda que as provas clandestinas eram trocadas por promessas de benefícios na Justiça. Ele afirma que era obrigado a omitir até mesmo de seus advogados a parceria ilegal.
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As acusações contra Moro foram feitas em 2021, num depoimento à juíza Gabriela Hardt. O caso ficou parado na 13ª Vara Federal de Curitiba até que foi remetido pelo juiz Eduardo Appio, hoje afastado do cargo, ao Supremo Tribunal Federal (STF).
As acusações de Tony Garcia estão numa petição enviada recentemente ao gabinete do ministro Dias Toffoli no STF.
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Garcia vai prestar um novo depoimento à Justiça no próximo dia 9. Além de Moro, o delator cita os então procuradores da Lava-Jato Deltan Dallagnol, Carlos Fernando, Januário Paludo e Diogo Castor.
Moro nega
Moro negou as acusações do delator para a coluna Radar, da Veja: “Tony Garcia é um criminoso que foi condenado, com trânsito em julgado, por fraude e apropriação indébita. A pedido do Ministério Público e com supervisão da Polícia Federal, resolveu colaborar com a Justiça em investigação de esquemas de tráfico de influência e corrupção, ocasião na qual foi autorizado a gravar seus cúmplices. Este tipo de diligência é autorizada pela lei. Nunca houve qualquer escuta clandestina de conhecimento do senador, à época juiz, Sergio Moro”.