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O ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) voltou a ser preso na manhã desta terça-feira (19) pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em Curitiba.
Esta é a terceira vez que Beto Richa é preso, desta vez por supostos desvios de dinheiro na construção de diversas escolas estaduais, alvo da Operação Quadro Negro, desencadeada na manhã desta terça-feira. Segundo as investigações, a Construtora Valor recebeu cerca de R$ 20 milhões pelos contratos firmados com o poder público, mas não entregou as obras.
Em delação, o ex-diretor da Secretaria de Educação, Maurício Fanini, afirmou que o dinheiro de propina pago pelo esquema abasteceu as campanhas de Beto Richa para a Prefeitura de Curitiba e para o Governo do Paraná, entre 2002 e 2015.
Fanini afirmou também que o dinheiro fraudulento custeou gastos pessoais do ex-governador, como viagens e a compra de um apartamento. O Gaeco cumpre também mandados de busca e apreensão em imóveis da família Richa em Caiobá, no litoral do Paraná, e Porto Belo, em Santa Catarina.
A última prisão de Beto Richa foi em 25 de janeiro, na 58ª fase da Operação Lava Jato. A investigação da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF) apurou supostos crimes na concessão de rodovias do Paraná.
Uma semana depois, o ex-governador foi solto, com decisão do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro João Otávio de Noronha.
Já a primeira prisão foi em setembro do ano passado, também pelo Gaeco. A investigação do Gaeco era sobre o programa do governo estadual Patrulha do Campo, que faz a manutenção das estradas rurais.
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