A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) no Congresso que apura os atos de 8 de janeiro, a CPMI dos Atos Golpistas, adiou o início dos trabalhos para a próxima terça-feira (6), quando serão apreciados centenas de requerimentos apresentados por parlamentares que integram o colegiado. Entre eles, o convite ao ex-presidente Jair Bolsonaro ser ouvido pelo colegiado.
Está prevista também para esta terça a apresentação, pela relatora do colegiado, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), do plano de trabalho aos demais parlamentares.
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Com base nesse plano, os deputados e senadores vão definir quem serão os primeiros a serem ouvidos e as diretrizes das atividades nas primeiras semanas. Até a noite da última sexta-feira (2), foram apresentados 796 requerimentos pelos membros da CPMI, abrangendo diversos objetivos.
Entre esses quase 800 pedidos, estão convites ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ao ex-ajudante de ordens tenente-coronel Mauro Cid, ao ex-ministro Anderson Torres, à administração atual do Ministério da Justiça e ao ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Gonçalves Dias.
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Além disso, há solicitações de quebra de sigilo e acesso a documentos da investigação realizada pela Polícia Federal e às imagens do circuito de segurança dos Três Poderes.
Normalmente, o andamento de uma CPI (ou CPMI) tem o potencial de interferir nas pautas de interesse do governo no Congresso Nacional. No entanto, na última semana, o Legislativo deu sinais de que não colocará os trabalhos da comissão acima da agenda econômica e das propostas prioritárias do Palácio do Planalto.
A CPMI estava programada para realizar uma sessão para definir o plano de trabalho na quinta-feira (1º). No entanto, devido à necessidade do governo de votar a medida provisória de reestruturação dos ministérios, que perderia a validade se não fosse votada até aquela data, a sessão foi adiada para esta terça-feira.