Prestes a ter seus direitos políticos cassados e ficar inelegível pelos próximos 8 anos, Jair Bolsonaro (PL) divulgou um vídeo nas redes sociais na noite desta quarta-feira (28) relembrando uma entrevista a Fernando Mitre, na Band, em que diz que "o voto impresso" foi o projeto de sua vida no Legislativo - mesmo não sendo o autor da proposição.
Em seguida, Bolsonaro faz um último apelo pedindo um "julgamento justo" ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que deve condená-lo por abuso de poder político e uso eleitoreiro da TV Brasil na sessão que será retomada nesta quinta-feira (29), às 9h, com o voto do ministro Raul Araújo.
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"Reunir-se com embaixadores como uma configuração, um crime de abuso de poder político. Até o último segundo, eu acredito que o TSE fará um julgamento justo ao meu respeito e não me deixará inelegível", diz Bolsonaro em seu último apelo.
No entanto, fora das redes, na intimidade do grupo de WhatsApp com 81 lideranças e deputados do PL, atacou os ministros Floriano de Azevedo Marques e André Ramos Tavares, que devem proclamar seus votos nesta quinta no julgamento no TSE.
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"Conflito de interesse claro. Esses juízes deveriam se declarar impedidos", disse Bolsonaro no grupo, ao compartilhar uma reportagem do Estadão que diz que Marques viu crimes de responsabilidade dele no cargo em ao menos cinco oportunidades. A reportagem cita ainda que Tavares foi autor de parecer que classificava como ilegal o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e defendia a possibilidade de Lula ser candidato em 2018.
Bolsonaro também atacou a argumentação e as provas apresentadas pelo relator, o ministro-corregedor Benedito Gonçalves, compartilhando um vídeo de seu advogado Tarcísio Vieira de Carvalho durante a primeira sessão do julgamento.
"Sustentação oral. Inelegibilidade de Bolsonaro. Documento apócrifo. Estado de Defesa. Vergonha como prova…", escreveu, segundo informações da Folha de S.Paulo.