Além do ataque simbólico à democracia brasileira, os atos golpistas protagonizados por bolsonaristas no dia 8 de janeiro deste ano também geraram prejuízos financeiros que saem do bolso de toda a população brasileira.
Em resposta ao pedido de informação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas, a Câmara dos Deputados estima um prejuízo de pelo menos R$ 2,7 milhões devido aos danos e roubos causados pelos invasores durante o tumulto no prédio da Casa em Brasília.
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De acordo com o relatório enviado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), à CPMI do 8 de Janeiro, os custos incluem reparos em obras de arte, mobiliário e equipamentos danificados, além de presentes oficiais roubados.
O maior gasto, conforme mencionado no documento ao qual tive acesso, foi de R$ 1,4 milhão para reparar 68 itens do acervo cultural da Câmara, como pinturas, esculturas, presentes protocolares, painéis, entre outros.
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Outros prejuízos
- R$ 1,2 milhão para consertar ou substituir persianas, carpetes, reparos elétricos e hidráulicos, sistema de detecção de incêndio e vidros do prédio principal da Câmara;
- R$ 74,4 mil referentes a 48 itens do patrimônio danificados (mobiliário, computadores, telefones, monitores de vídeo, capacetes) e 16 itens extraviados (capacetes, escudos e máscaras contra gases);
- R$ 32 mil referentes a 14 equipamentos desaparecidos ou em condições irreparáveis (impressora, fones de ouvido, DVCAM Players, HD externo, leitor de cartão de memória, microfone, etc.);
- R$ 5 mil - valor estimado do presente "The Pearl", dado pelo ministro das Relações Exteriores e Vice-Primeiro-Ministro do Catar ao ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia, em 2019 e que está desaparecido.
A CPMI do 8 de janeiro também questionou oficialmente o Senado e o Supremo Tribunal Federal (STF) sobre os danos ocorridos em suas instalações, porém, até o momento, ambos os órgãos não forneceram resposta.