Aviador reformado, o coronel Francisco Dellamora revelou a Juliana Dal Piva, no portal Uol, que o general Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) no governo Jair Bolsonaro (PL), e seu antecessor no cargo, general Sérgio Etchegoyen, alçado ao posto por Michel Temer (MDB), estavam em grupo golpista de WhatsApp que reunia militares da ativa e da reserva.
Segundo Dellamora, o grupo chamado "Notícias do Brasil" foi extinto no dia 8 de janeiro, quando apoiadores de Bolsonaro promoveram atos terroristas e depredaram as sedes dos três poderes em Brasília. O coronel disse que Heleno lia as mensagens, mas não se manifestava no grupo.
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"Nós não consideramos legal [a eleição]. Consideramos o STF [Supremo Tribunal Federal] na ilegalidade. O TSE [Superior Tribunal federal] na ilegalidade. E todos os dias eles praticam mais um ato de ilegalidade. Invadiram os escritórios do senador Marcos Do Val", disse o coronel ao Uol.
Dellamora também atacou Lula - "bandido, condenado, sem dúvida nenhuma" - e disse não entender "como se pode tirar um cara da cadeia para ser presidente da República", antes de comparar o momento atual com o golpe de 64, quando os militares instalaram uma Ditadura no Brasil.
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"Você não viveu 64. Agora, 64 é um pinto perto da ditadura que está instalada no Brasil".
Segundo ele, o grupo foi criado em 2016 durante o golpe contra a ex-presidenta Dilma Rousseff e tinha como objetivo promover a interação entre militares da reserva e da ativa.
Heleno, que tem 75 anos, afirmou à jornalista não se lembrar do grupo e que nunca ouviu "essas histórias de que se vai decretar intervenção".
Por fim, o ex-ministro do GSI atacou o colega, dizendo que Dellamora "está muito velho".
"Eu não me lembro de ter lido essas mensagens porque não me lembro desse grupo. O coronel Dellamora está muito velho. Não sei a importância que ele tem no quadro político nacional hoje".
Com informações de Juliana Dal Piva, no Portal Uol