8 DE JANEIRO

Augusto Heleno ataca Ricardo Cappelli na CPI dos Atos Antidemocráticos

Ex-ministro interino do GSI de Lula responde à provocação do ex-ministro do GSI de Bolsonaro pelas redes sociais

Créditos: Ascom Chico Vigilante - General Augusto Heleno criticou Ricardo Cappelli, que reagiu pelas redes sociais
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Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos instalada na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), o general da reserva Augusto Heleno atacou o ex-ministro interino do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República do Governo Lula, Ricardo Cappelli.

Augusto Heleno teceu críticas a Cappelli ao ser questionado pelo presidente do colegiado, deputado distrital Chico Vigilante (PT), sobre a avaliação feita pelo então ministro interino do GSI de Lula sobre o papel do general da reserva nos atos golpistas.

Para Cappelli, secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública e ex-interventor da Secretaria de Segurança Pública do DF, Augusto Heleno tem muito a explicar sobre o papel do GSI nos atos de 12 de dezembro e de 8 de janeiro.

"Eu lamento que o Dr. Cappelli conheça tão pouco do GSI. Ele realmente não conhece nada do GSI e a acusação que ele faz é totalmente infundada", criticou Augusto Heleno.

Pelas redes sociais, Cappelli respondeu com ironia às críticas do general bolsonarista sobre conhecimento dele a respeito do GSI.

Ele defendeu a Ditadura e disse que o acampamento criminoso de onde saiu gente para explodir bomba no aeroporto de Brasília era um 'local ordeiro e sadio'. Ele passou 4 anos no Planalto, eu sei que ele conhecia muito bem o GSI, o Brasil todo viu "este conhecimento" no dia 8/01", ironizou Cappelli.

Carro quebrado

Ao formular a pergunta a Augusto Heleno, Vigilante se referia a uma postagem de Cappelli no Twitter na qual ele atribui a responsabilidade pela tentativa de golpe de bolsonaristas no dia 8 de janeiro ao general Augusto Heleno e saiu em defesa do ex-ministro do GSI de Lula, general G.Dias.

"O general Heleno 'pilotou o carro' por 4 anos e entregou o 'veículo' avariado e contaminado para o general G.Dias, que pilotou por apenas 6 dias. No 7° dia o carro pifou. De quem é a culpa? Não é possível falsificar a história. Conspiração não passa recibo", escreveu Cappelli no dia 23 de abril passado.