GENERAL TOMÁS PAIVA

Nomeação de Jean Lawand Junior, militar pego em mensagens golpistas, deve ser anulada

Comandante do Exército avalia trazer de volta de Washington coronel flagrado no celular de Mauro Cid

O general Tomás Paiva.Créditos: Reprodução de Vídeo
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Após o vazamento de diálogos golpistas no celular de Mauro Cid, o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o general Tomás Paiva, comandante do Exército, avalia anular a nomeação do coronel Jean Lawand Junior para a Representação Diplomática do Brasil nos Estados Unidos, em Washington.

Nos diálogos o militar sugere a Mauro Cid que auxilie Bolsonaro a "dar uma ordem" para ação das Forças Armadas contra a eleição de Lula (PT).

“Cidão, pelo amor de Deus, cara. Ele dê a ordem, que o povo está com ele”, implorou o coronel na noite de 1º de dezembro. “Acaba o Exército Brasileiro se esses caras não cumprirem a ordem do Comandante Supremo”, completou, referindo-se aos generais que chefiavam a Forças Armadas e ao próprio Bolsonaro.

Situação delicada

A revelação de diálogos envolvendo um militar da ativa foi avaliada dentro do Ministério da Defesa como uma situação delicada.

O ministro da Defesa, José Múcio, deverá se encontrar com o comandante do Exército para discutir a condição de Lawand e avaliar providências em relação ao coronel.

O Exército afirmou em nota que opiniões e comentários pessoais "não representam o pensamento da cadeia de comando" da Força.

"Como Instituição de Estado, apartidária, o Exército prima sempre pela legalidade e pelo respeito aos preceitos constitucionais. Os fatos recentes somente ratificam e comprovam a atitude legalista do Exército de Caxias", complementa.

A Força ainda disse que "eventuais condutas individuais julgadas irregulares serão tratadas no âmbito judicial" e que, na esfera administrativa, "as medidas cabíveis já estão sendo adotadas".

Com informações da Folha