O coronel Élcio Franco pode ser ouvido pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos instalada na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) para investigar os atos vândalos ocorridos em Brasília no dia 12 de dezembro de 2022 e os atos golpistas do dia 8 de janeiro de 2023.
Franco, ex-número dois do Ministério da Saúde e assessor da Casa Civil do Governo Bolsonaro, é mais um homem próximo do ex-presidente que aparece no centro da trama golpista de 8 de janeiro.
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Mensagens de áudio que integram o inquérito da Polícia Federal (PF) contra o ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, foram divulgadas pela CNN nesta segunda-feira (8) e mostram que Franco não só sabia como também sugeriu como mobilizar 1.500 homens para o golpe.
O requerimento para ouvir o militar é do presidente da comissão, deputado distrital Chico Vigilante (PT), e será votado como extra pauta na próxima sessão da CPI, que está marcada para esta quinta-feira (11).
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Na avaliação de Vigilante, os novos áudios reforçam a teoria de que há envolvimento e planejamento de membros do Exército nas invasões do dia 8 de janeiro. No dia em que os áudio foram revelados, o parlamentar adiantou que iria apresentar pedido para o colegiado ouvir Franco.
"O caso de hoje mostra o que eu sempre suspeitei: o envolvimento direto de militares nos atos golpistas do dia 8 de janeiro. Enquanto presidente da CPI dos atos antidemocráticos, irei enviar o pedido para que ele venha depor e explicar essa sugestão de mobilização de 1.500 homens", escreveu Vigilante nas redes sociais.
De acordo com o cronograma do colegiado, nesta quinta, será ouvido o coronel Fábio Augusto, ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal.
Calendário da CPI
A CPI dos Atos Antidemocráticos da CLDF divulgou no dia 4 de maio o calendário atualizado das sessões no mês de maio.
- 11 de maio: coronel Fábio Augusto Vieira, ex-comandante-geral da PM;
- 18 de maio: general Gustavo Henrique Dutra de Menezes (General Dutra), ex-chefe do Comando Militar do Planalto
- Já em junho, há três depoimentos marcados:
- 1º de junho: general Augusto Heleno Ribeiro Pereira, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
- 17 de junho: general Gonçalves Dias, ex-ministro do GSI;
- 26 de junho: comandante-geral da PMDF, coronel Klepter Rosa Gonçalves.