A Polícia Federal (PF) confirmou que já tem o nome do responsável por incluir os dados falsos que garantiram ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), à sua filha Laura, de 12 anos, e a assessores do líder extremista certificados de vacinação contra a Covid-19 fraudulentos, para que eles pudessem viajar para fora do Brasil livremente, num esquema criminoso que seria encabeçado pelo ex-ajudante de ordens do antigo mandatário, o tenente-coronel do Exército Mauro Cesar Cid.
Trata-se do secretário de Governo do município de Duque de Caxias (RJ), João Carlos de Sousa Brecha, que junto com Cid e outras quatro pessoas já está preso desde a manhã desta quarta (3), após a Operação Venire ter sido desencadeada pela PF, com mandados de prisão e de busca e apreensão expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
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Brecha é próximo do ex-prefeito de Duque de Caxias Washington Reis de Oliveira (MDB), que atualmente é o secretário estadual de Transportes do Rio de Janeiro, um aliado de primeiríssima hora de Jair Bolsonaro. Brecha foi também chefe de gabinete do deputado estadual fluminense Rosenverg Reis (MDB), que é irmão de Washington.
Embora não seja um agente de saúde, tampouco o chefe dessa pasta, Brecha era um dos pouquíssimos servidores de alto escalão do município que tinha acesso livre ao Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNESNet), dentro do DataSUS, no sistema do Ministério da Saúde (MS), o que possibilitou a fraude, dizem os policiais federais.
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No pedido para realizar as prisões e apreensões, a PF sustentou que o esquema era uma “estrutura criminosa criada no município de Duque de Caxias utilizada para beneficiar o próprio chefe da Ajudância de Ordens da Presidência da República, Mauro Cesar Cid, suas filhas e também o então presidente da República Jair Messias Bolsonaro, sua filha Laura e os assessores do ex-presidente da República, Max Guilherme Machado de Moura e Sergio Rocha Cordeiro”.